11/21/2010

Hotel Avenida no Wonka dia 3/12



E no próximo dia 3/12, a Hotel Avenida volta aos palcos depois de um ano em hibernação. Chance única de conferir a nova formação e o novo repertório da banda ainda em 2010. Além do Gian e eu, temos agora Jansen Nunes no baixo, Osmário Jr na bateria e The Julian na guitarra. Teremos convites nos próximos dias, mas para quem não conseguirmos encontrar pessoalmente até lá, é só imprimir o convite abaixo para entrar na faixa.

Mais do que o show em si, será uma ótima oportunidade de rever e confratenizar com os amigos neste final de ano. Esperamos todos lá.

11/17/2010

Hotel Avenida na Rolling Stone



A edição brasileira da revista Rolling Stone de novembro, que tem um tal de Paul MacCartney na capa, traz também outros assuntos mais importantes, como na coluna "Ouça também", assinada por Leonardo Dias Pereira, que comenta o single "Eu não sou um bom lugar", da Hotel Avenida. E também sobre o single de nossos brothers do Dasvelas, como vocês podem conferir acima (pra visualizar melhor é só clicar na imagem). Excelente meu caro Smithers!

11/16/2010

Oh, Pai - com Pão de Hamburguer



Demorei, mas taí. Eu tardo, mas nem sempre falho... Taí uma das músicas preferidas da banda na versão apresentada no John Bull Pub, no dia 22 de outubro de 2010, no lançamento do DVd. Tenho também a versão de Será que eu vou virar Bolor... pretendo dividi-la com vcs ainda esta semana. (adri)

11/09/2010

é preciso saber viver 2: agora é a capoeira

a corrente cultural continua e viver, a gente aprende todo dia, é só olhar pros lados. a capoeira é minha aliada. o Grupo Força da Capoeira, no qual sou a Rubí, participa da Corrente nestas quarta e quinta, ás 19h30, no Clube 13 de Maio, na faixa. Hoje, a apresentação é de maculelê, outra belíssima luta-dança do rico universo da cultura popular brasileira que aprendi com Mestre Kinkas e contra-mestra Áurea, duas pessoas muito ponta firme que conheci lá no Aquacenter Batel e que agora já fazem parte da minha vida também. Neste vídeo, feito na Virada da Corrente, no último domingo por mim, não registrei o maculelê, só a capoeira, também pra não estragar a surpresa do que a gente vai fazer. Mas, se vc digitar Força da Capoeira aí na rede, vai aparecer também uma mostra do nosso maculelê. Já declarei meu amor à capoeira e ao Força algumas vezes, aqui, e na rede, até no Overmundo, então hoje não vou me alongar, porque daqui a pouco preciso me preparar pra bater maculelê - e vamos fazer com o facão também, viu, moçada. Vai ser lindo!
"É na pau, é no facão, oi pula aí, que eu quero ver, são os filhos de zumbi batendo maculelê"!!!!! Dica do dia, vamos curtir a nossa cultura popular, também!

A Corrente continua no 13 de maio até dia 14, sempre com entrada franca às 19h30, com vários outros bons grupos que trabalham com capoeira na cidade, entre os quais o do angoleiro Carlinhos, que tem vários projetos musicais. Ele e Àurea, criaram o espetáculo musical, Flor de Baobá cuja apresentação é amanhã. Portanto, é o Força da Capoeira em cena outra vez.

"No jogo da vida, na arte da rasteira, no meu peito bate a Força da Capoeira
O berimbau tocou, o meu corpo se arrepia, a Força da Capoeira é minha filosofia
Mestre Kinkas me ensina, passa toda a lição, a jogar, a dar rasteira, a cantar com o coração
De Paraná à Pernambuco, todo mundo ouviu falar e hoje tá na Espanha com João Bobo a ensinar.
No jogo da vida, na arte da rasteira no meu peito bate a Força da Capoeira".


não resisto: vai outra que amo:
"Mas, hoje é dia de festa, eu jurei que não vou me importar, se o batuque não sai como eu gosto, se a morena não vai me olhar. Hoje que quero jogar capoeira, ver mandinga pra lá e pra cá. Essa luta, essa dança ligeira faz meu corpo arrepiar, brincadeira...
Brincadeira, mandinga, no remelexo do corpo, mamolejar."

11/08/2010

É preciso saber viver

Erasmo, foto da Karla:ele é rei e tinha gente por todo lado para ouvi-lo
Anacrônica encerrou o panelaço pro Ivo em altíssimo nível, com coro o tempo todo. Bonito!Em foto feita por Ivan Santos.
Foto, feita pelo Ivan, tentando escapar de aparecer junto: eu, karla,Luis Claudio "Lobão", omar e manoel, não nesta ordem.
...não teve jeito, aqui ele aparece no registro feito por um amigo do manoel, que não sei o nome.

Ainda me sinto sob os efeitos do novo encanto que Curitiba jogou sobre mim, neste final de semana. Me senti, em alguns momentos, tomada por aquela mesma euforia de menina fascinada, que esperava sem disfarçar a ansiedade a melhor época do ano, as férias, quando vinha passar alguns dias com meus pais, que moravam em Curitiba. Isso começou por volta dos 4 a foi até os 14 anos, o decisivo dezembro de 1984, quando finalmente a promessa que cresci ouvindo se cumpriu. Aqueles dias eram fascinantes por estar com meus pais, claro, mas também porque eu simplesmente adorava andar por Curitiba e fazer as coisas que eu podia fazer só aqui, como andar de “expresso”, em pé (hahahah, vejam bem isso!!!), eu me sentia adulta, sei lá. E pegar o minhocão era o “must”.
Também nunca vou esquecer as manhãs de pintura no chão do calcação das rua das flores, passeio que terminava com uma passada nos brinquedos de uma pracinha dentro da praça Osório. Fazia aquele tapete de papelões colorindo o calçadão com desenhos infantis. As pessoas nas ruas me pareciam felizes e eu sentia que jamais seria mais feliz, pensava, do que naqueles instantes de mãos dadas com minha mãe, meu irmão, andando toda faceira pela cidade, tirando fotos toda mocinha na frente do chafariz.

E foi essa deliciosa sensação que se apossou de mim, a ponto de me fazer chorar de alegria, neste final de semana quando Curitiba voltou a ter aquela aura de alegria tomando conta dos lugares, das praças, das pessoas.... as pessoas dançando, conversando. Muita gente. Muita gente feliz. Tive a sensação de que nunca, a cidade que é minha sina desde sempre, esteve tão linda, tão musical (e olha que eu não achava isso possível, ser mais musical do que já é????!!!!). E esse sentimento era de todos que passavam por perto, conhecidos ou estranhos, ávidos por compartilhar, comentar, perguntar onde você ia depois, dançar, cantar, abraçar, aquele clima de festival, de show dos bons tomando conta de todos e de tudo. A alegria, o prazer de todo mundo tornou pequenos os problemas da cidade não estar, ainda, acostumada com isso ( no primeiro dia não encontrei uma viva alma vendendo água ou cerva no meio da multidão, que entupia os bares ao redor pra garantir um “refresco” do sol que ardia, decidido a compartilhar com a gente e com Curitiba esses dois dias inesquecíveis. No segundo dia, a coisa melhorou, e apareceu um cara com uma sacola de plástico cheia de latinhas.Ah, eu passei a virada à base de água e capoeira.)

O astral que me encantou quando eu era criança, que se renovou quando conheci o 92 Graus, que ganhou novo brilho quando a cidade curtiu com a gente o Rock de Inverno/De Inverno, ganhou novo fôlego com essa Corrente Cultural que promoveu um final de semana tão vivo;Curitiba fez meu coração bater muito forte por ela outra vez, trazendo de volta toda a vontade de fazer, fazer coisas legais por e para ela também.

Um show de reis e rainhas: foi assim, e começou com o charme de Paulinho da Viola – pena que para quem estava mais atrás o som, talvez pelas próprias características do artista, não tenha chegado como a gente gostaria, deixando muito espaço para conversas que acabam prejudicando o deleite de canções que exigem mais.

Dali, fui pro TUC, no Panelaço. Quem apostou que as bandas alternativas perderiam espaço diante dos “grandões”, perdeu. Aliás, todos os palcos, sabia-se ao conversar com as pessoas, tiveram público garantido curtindo. As performances no TUC, em homenagem a Ivo “Blindagem” Rodrigues foram mais que emocionantes, foram comoventes. A TUC estava como deveria sempre estar. No TUC muita gente conhecida, claro, sempre bom conversar com velhos amigos que não via. As ideias fervem e o resultado de tanta vontade de participar aparece 24 horas depois, quando o corpo se recusa a soltar sua própria voz. Bom papear com omar, marcio, manoel, lobão, karla, getúlio, dona Dilma, a simpatícissima senhora que ajuda a cuidar do Tuc e o bacana cara do som, o Neto. E não vi um show, sequer, meia boca, na boa! Todos mandaram muito bem, a moçada curtindo e, em várias bandas, fazendo mais do que backing vocals. Muito, muito bacana.

Entre um show e outro, entrou em cena a capoeira. Roda com vários grupos em frente a Tiradentes, no sábado a tarde foi um dos momentos bonitos, com direito a simpatia do pessoal das bikes que pedalou ao redor da roda, cumprimentando os capoeiristas. Lindo, lindo, lindo!!! O Força da Capoeira tava lá!

Dali, voltei pra frente do Paço pra ver a ma-ra-vi-lho-sa Sandra de Sá fazer os curitibanos se entregar de corpo e alma. Ali, as pessoas estava esfuziantes, havia espaço pra dançar e, claro, parei por perto dos mais “agitadores”, uma moçada embalada que queria cumprimentar quem passava, como se fosse possível “passar” pras pessoas o que elas estavam sentindo. E, cantei junto, bem mais músicas que lembrava conhecer... rádio, infãncia, adolescência, combinação que deixa marcas profundas... a gente esquece, mas lembra sempre.
A mancada homérica – e por favor, me poupem, amigos, pois já quase me dei uma surra por isso – foi perder Arrigo Barnabé. Não quero falar disso.
Andar pelo Largo da Ordem na madrugada de domingo foi uma experiência ímpar. Nunca eu tinha visto o Largo daquele jeito. Com tanta gente, fora da feirinha de domingo, com tantos sons. O FTC ficou bem pequenininho. Só não entendi carros circulando por ali naquela hora????

Domingo com capoeira e Tremendão

No outro dia, domingo, 07 de novembro de 2010, antes das 11 já estava lá e a Feirinha com todas as suas barracas também. Domingo é dia de Roda do Força da Capoeira na praça das Ruínas e assim foi, dividindo as atenções com o Capacabana Club que arrancou muitos elogios também. Não consegui ver quase nada do show. A roda foi dez e agora todo domingo às 11 se não chover a gente vai pra lá.
Depois, almoçar com Lu, minha mãe, Karla e meu sobrinho Gabriel, comprar água e lá fomos pro primeiro show do Gabriel: do roqueiro mais romântico do Brasil, o Tremendão, Erasmo que até pagou uma em cima do “Rei”, com um “sósia” de Roberto entregando flores.
O que foi esse show. Não teve sol pra incomodar, sem problemas que a gente quase não conseguia vê-lo, não teve nada nem pra ninguém, só deu Erasmo Carlos. Fotos, cortesia da altura de Karla. Muito legal ver meu sobrinho, 11 anos olhando tudo com muita atenção, sem arredar o pé e no final já levantando as mãos também, batendo o pé e as mãos na perna no ritmo da música... aproveitei para fazer uma introdução rápida à música paranaense, explicando quem é o Rodrigão, que falava no palco; sobre o músico que estava ao lado, de uma das bandas mais legais da cidade, a Mordida, nome que ele achou engraçado; apresentei o Raphael da Núvens que, claro, já garantiu o convite dele quando ele for a um show.

Mas eu desabei mesmo foi quando Erasmo Carlos cantou “Sentado à Beira do Caminho”.... cara, eu debulhei a chorar...é, eu não vi Roberto – até queria, mas esse não encarei – mas vi um Rei cantando canções que são suas também. E ele o fez com tal majestade, com tal entrega que me fez amar ainda mais a minha vida e aquele momento. Só não foi perfeito porque meu amor não tava do meu lado, e tantas foram as vezes que a gente ouviu essas canções, 'lembrando boas lembranças', vivendo e contando coisas das nossas vidas.. que ele fez falta ali pra curtir também.

Agora, quando escrevo sobre a Corrente Cultura,QUE CONTINUA, e sua virada, ainda me emociono, me inflamo, fico com vontade de que tudo isso aconteça sempre, porque Curitiba é uma cidade linda e merece isso – e nós também. E a multidão que foi ás ruas neste final de semana, em harmonia, feliz, vibrante, com o peito aberto e o coração batendo forte, deixou bem claro o seu recado e o que quer. Agora não tem mais volta Curitiba, você já é outra, outra vez. (adri)

11/04/2010

Senta que lá vem HISTÓRIA

degravando velhas entrevistas, remexo e revivo. Acabei de ouvir uma conversa das boas com Manoel, que me lembra por exemplo, que tivemos aqui, no limiar da TV paranaense, uma espécie de jools holland show (conexão, inclusive, que não fiz na época da entrevista, porque não comentei nada, mas ao ouvir a descrição agora...) Bem primitivo, é verdade, mas se insinua como tal, pela descrição: várias bandas com seu equipamento completo montado lado a lado e diante delas, um trilho, por onde a câmera trambolho ia dando sua panorâmica de uma banda para outra. Ao vivo. Isso foi na segunda metade dos anos 60, o primeiro auge do rock curitibano que, logo depois, de brilhar com astros, como Os Metralhas, e tudo, foi empurrado para os porões com ajuda do maldito AI-5.
E também, outra coisa que eu não lembrava que uma das primeiras bandas curitibanas a compor, foi logo fazendo uma música punk, em pleno anos 60. ( disso eu me dei conta na hora, dá pra ouvir meu tom de surpresa: ísso é punk!!!!!hahahaha). o
Ou cantar algo como “guerrilha no planalto, cabeças vão rolar.” não é punk? Essa foi obra d'Os Vonda. Alguém aí lembra da série da história do rock que publiquei na Gazeta? Acho que até foto deles tinha.
Porra, HISTÓRIA, é tudo de bom nessa vida. E quando é a “nossa”, é muuuuuuuuuuuiiiiito mais saborosa ainda.
Além de ouvir essas entrevistas to lendo um livro do Wilson Martins (que essa semana, tá em stand by, é verdade), que não é muito bem visto por alguns, mas é importante pra quem gosta de conhecer suas origens – mesmo que algumas constatações sejam bem desagradáveis, afinal a história da humanidade é toda feita dessas sensações ruins, se formos ver desse modo. E, de quebra, me deliciando com o talento de outro paranaense (coincidência), Laurentino Gomes, que escreveu – e ganhou dois jabutis com ele – 1808, sobre a vinda da família real pra o Brasil, um período decisivo, que mudou tudo por aqui. Ali, a gente vê já umas sementinhas que preferiríamos que não tivessem germinado. Dá nada, não. História é assim. A gente não pode entrar numas de julgar, tem que contar, passar adiante. E quanto mais se fizer isso, melhor pra todo mundo. Pois é, ando mergulhada em história, da música, do paraná, do jornalismo, de curitiba … e na minha própria, que me arrepia a todos os instantes, a cada nervura nova que se liga entre o ontem e o hoje – pra, quem sabe, fazer algo pelo amanhã! Ando a flor da pele, a História (e contar histórias) também me deixa assim, quase em carne viva. (adri)

11/01/2010

Trilha sonora dos corações solitários



DVD registra apresentação da banda Hotel Avenida durante a sétima edição do Rock de Inverno

Gazeta de hoje

Márcio Renato dos Santos

O Hotel Avenida está em atividade. E, mais que isso, com boas novas. O conjunto musical curitibano, há quase um ano fora de cena, começa a divulgar um DVD com sete canções, conteúdo captado na noite de 24 de julho do ano passado, durante a sétima edição do festival Rock de Inverno. De lá para cá, houve mudanças na formação, mas o núcleo criativo segue unido e em sintonia.

Essa banda é desdobramento de não poucas afinidades entre Ivan Santos e Giancarlo Rufatto. Ambos compõem, cantam e tocam violão. Há outros pontos de contato. Os dois gostam de rock-and-roll e olham o mundo a partir de um filtro que inclui referências como cinema, cultura pop, um pé no mundo virtual e o outro na realidade, a mais cotidiana possível.

As canções do repertório deste DVD, como “Zelo” e “Um Centavo”, apresentam, nas letras, uma espécie de crônica urbana, na qual os personagens circulam pelo planeta com marcas do passado, seja um coração partido ou a sensação de que parece não haver lugar para o descanso (o mundo, sugerem os compositores do Hotel Avenida, não é cenário para aqueles que buscam sombra e água fresca).

No palco, eles demonstram despojamento e absoluta despretensão. Rufatto é desajeitado, meio cambaleante, canta quase “para dentro” e até desafina. No entanto, há uma espécie de, talvez a palavra seja essa, magnetismo na figura desse sujeito gauche, e talentoso compositor de baladas.

Ivan Santos, muito discreto, marca presença em cena por que consegue transmitir emoção ao tocar teclado, gaita de boca e também quando canta. Ele e Rufatto são tímidos, e essa timidez, lado a lado, define o Hotel Avenida.

As imagens que compõem o DVD são profissionais, há velocidade na edição, mas o fato de o som do público ter sido eliminado provoca estranhamento e desconforto. Afinal, a apresentação aconteceu no palco do John Bull Music Hall, com a presença de uma plateia que, naquela noite, foi cúmplice e participativa, com aplausos, gritos e sussurros.

No entanto, o grande mérito desse DVD foi ter registrado aquele momento do Hotel Avenida, ainda formado por Rubens K (baixo), Carlão Zubek (guitarra), Allan Yokohama (bateria) e Igor Ribeiro (metais), todos músicos respeitados. Desde julho deste ano, a banda se transformou e tem na escalação o baixista Jansen Nunes e o baterista Osmario Júnior, ambos experientes e inventivos.

Eles pretendem descer ao porão do Wonka, em breve, para lançar o DVD e tocar as canções antigas e as inéditas. Santos e Rufatto seguem a compor canções lentas e melódicas aliadas a textos que retratam o imaginário de seres que habitam metrópoles onde às vezes a falta de sentido dá o tom de muitas existências.

Serviço:

Hotel Avenida Rock de Inverno 7. O DVD custa R$ 10 e pode ser adquirido diretamente com os integrantes da banda pelo e-mail deinverno2@gmail.com