6/28/2010

Viajar é muito,muito bom...

Estivemos em sampa neste final de semana, com amigos especiais e reencontrando outros que estavam longe. Adorei, Neli, nossas conversas, cervejas, churras e cigarros.

Esta foto, porém, foi feita antes, pelo Carlão, numa viagem que fizemos juntos.


e essa eu fiz, no mesmo passeio:



e tinha uma arvore linda no meio do calçadão,rodeada de cimento e ela lá...


... mas, voltar pra casa é ainda melhor .
vista linda da nossa casa, faça frio ou abra o sol; caia a chuva ou o silêncio madrugador da neblina...


cenas da cidade que (me escolheu) escolhi como minha....
Curitiba é linda, amo essa cidade. essa fotos são dos meus passeios sob duas rodas ou duas pernas, pela ciclovia paralela da Mateus Lemes... que passa por três maravilhosos parques...
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Mirrors - marine kulture

6/15/2010

Dez anos de Rock de Inverno - I


Capa da coletânea e filipeta: detalhe do "impreterivelmente" às 23h, estes somos nós.


- ... a gente... fazer um festival?
- Porque não?
Nem parece, mas na semana passada o Rock de Inverno – Mostra da Nova Música Independente de Curitiba fez dez anos. Nos dias 8, 9 e 10 de junho de 2000 estávamos todos no Circus, com a casa cheia pra primeira edição da mostra, que teria outras seis edições ao longo da década, geraria uma produtora/selo independente, a De Inverno. Ainda lembro bem, lá na casa das jabuticabas, quando o Ivan puxou o assunto e respondi com uma cara de interrogação – mas, total empolgada, já topando em seguida. A vontade era reunir as bandas, daqui e de outras cidades, que a gente mais gostava, já que não eram figurinhas fáceis no circuito da época. E, claro, um espaço para tocar a razão maior disso tudo, OAEOZ.

O nome é algo que eu amo e veio no pacote inspirado do ‘terrível’ Ivan e até hoje acho perfeito, simplesmente perfeito. O tempo passou e fui me dando conta do quanto a essência desse nome/projeto é algo que não tem só a ver com o tipo de música que gosto, mas tem a ver comigo. Quando penso nesse nome só as coisas que amo surgem à mente - e as estações do ano que mais curto e suas nuances nos meus dias é só a mais óbvia delas. Na época, no site, o Ivan publicou um belo “manifesto”, falando da estética do frio, essa coisa preciosa do Sul do Brasil em paralelo com o Brasil praieiro e tal.

Faus, Plêiade, Zigurate, Loaded, OAEOZ, Cores d Flores, Madeixas, Quisto e Zeitegeist.Co.

OAEOZ era uma banda que se quisesse tocar, tinha que produzir seus próprios shows. Então tá! Lá fui, dar de cara com a produção cultural. Disposta a mostrar pra todo mundo que Curitiba continuava, sim, a ter bandas muito boas – mostrar inclusive pro Brasil, já que desde o começo queríamos ter a imprensa nacional como convidada.

(Nessa época, trabalhando na Gazeta do Povo, viajei para alguns festivais, shows e coletivas legais, sempre levando cds de bandas pra entregar, e notava claramente que a esmagadora maioria dos jornalistas quando conhecia era até a cena que nos deu Relespública e Resist Control, duas citadas nas conversas. Quando eu falava das bandas da segunda metade dos anos 90, praticamente ninguém conhecia. Mas, muitos estavam interessados em saber, afinal tinham as boas referências da geração ‘Ninety two degrees’, aquela que fez de Curitiba a “seattle brasileira” e que deixou marcas muito fortes. O Ivan, que sempre foi um cara que gosta de dividir suas descobertas culturais com os amigos, fez uma caixa com um texto e CDs das bandas que a gente mais curtia para enviar para algumas pessoas-chave, como o Fernando Rosa, do Senhor F e o Alexandre Mathias, do Trabalho Sujo, que foram dos primeiros a falar dessa nova cena curitibana.)

Fui confiante, afinal de contas, quem não ia querer apoiar uma ideia tão legal.
Logo percebi a real. Bancamos na primeira edição até as passagens e hotel pra jornalistas – e quem os acompanhou enquanto estávamos trabalhando foram meus pais, Seu Rui e Lu.

Tivemos três dias na companhia de uma figura lendária da música e do jornalismo brasileiros, Minho K, o jornalista Celso Pucci, que veio pela Bizz, mas acabou escrevendo sobre o que viu pro Estadão. E nos deu o primeiro dos (tantos) momentos lindos de bastidores. Na madrugada da terceira noite, depois dele já ser figura conhecida no bar com seu chapéu, vimos o dia amanhecer, depois de eu e Ivan termos cantando pra ele, pirando, as músicas do De volta ao Oeste, do 3Hombres. (Exatamente, não foi a toa que ano passado tivemos 3 Hombres no Rock de Inverno 7). A noitada foi dividida com a jornalista Carlota Cafiero, enviada de Alexandre Mathias, com quem ainda troco alguns emails.

Tivemos apoios preciosos: Circus Bar, Ggráfica, A. S We Designer, 96 Rock/Helinho Pimentel, Planeta Gulla, La La Spageteria Ristorante Mediterrâneo e Spaghetteria Pontevecchio: os apoiadores


E o Marcelinho Borges... eita. Ele tava lá, como a Mariele e o Mackoy, nossos novos amigos. Marcelo foi parceiro desde o começo e não mediu esforços pra comprar sua própria passagem de Londres pra cá, pra estar em duas edições, numa delas, trouxe o Transcargo junto, nossa única atração internacional, no Cine, em 2005.

Ver o Circus cheio nos três dias, presenciar “a volta” da Plêiade e ver aquelas bandas mandando ver por conta do meu trabalho foi... incrível, na falta de uma palavra que consiga traduzir um dos momentos mais especiais da minha vida.

E eles se repetiram por outras seis vezes – sem falar nos shows fora do festival. Produzir o Rock de Inverno foi um verdadeiro exercício de paciência pra essa ansiosa crônica que sou. (adri)

Dez anos de Rock de Inverno: 2




Na segunda edição, 4 e 5 de agosto de 2001, no auditório Antonio Carlos Kraide entrou em cena a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), através de Janete Andrade. Oboeísta, responsável para área de música da FCC, foi com ela a reunião que pedi em busca do local pros shows. A gente achava que teatro poderia ser legal, mas pra festival é complicado. Quando ela viu o material já produzido quis saber mais e pediu que a ajudasse a estabelecer contato com o pessoal do circuito pop rock. Logo se armou uma grande mesa de conversa lá na antiga sede da FCC, no Largo. Estavam lá, eu, JR ferreira, Vadeco e mais um punhado de gente que não lembro, mas a mesa tava cheia.

Daquela reunião saiu apoio para vários festivais do ano seguinte, e o JR coordenou um circuito de shows/festivais, que trouxe a imprensa nacional como convidada pela FCC – o Abonico tava lá também. Só pro Rock de Inverno 3 – que aconteceu no 92 (o original) – vieram 22 convidados e muita gente mais queria vir.
Além de Janete, tenho que citar diretamente o Leandro Knophflz e a Paola Wescher, por tabela. Ele consolidou o apoio da FCC, que desde então é parceira da De Inverno. Ela tava do lado tentando ajudar em um momento bem complicado.

(Essa cena é a conexão direta com o Curitiba Pop Festival que eles dois fizeram depois, primeiro sob a chancela da FCC, depois sem. Pra mim, o CPF foi um passo importante adiante do que estávamos fazendo; é lamentável, pra Curitiba, que mais uma vez um projeto pop que colocaria a cidade com mais força no roteiro cultural alternativo não tenha vingado.)

Em 2002 outra parceria preciosa foi fechada, esta pela intervenção de Cassiano Fagundes, então na Livrarias Curitiba. Desde então, a rede de livrarias paranaense tem sido nossa apoiadora em TODOS os projetos da De Inverno, através do João Alécio, que foi quem continuou fazendo o meio de campo pra gente lá dentro.

Esta edição teve os primeiros convidados de fora, concretizando nossa teoria de “inserir a cena curitibana no circuito nacional”: Casino, Pipodélica e Hurtmold junto com as curitibanas OAEOZ, Criaturas, Sofia, Poléxia, Volume, Aaaaaamalencarada, Svetlana, Excelsior, Pelebroi Não Sei, Lorena foi embora... e Magog


Eu estava em êxtase!!! Não precisava de mais nada além de ver a expressão boquiaberta de todos os convidados; não tinha um ali dentro que não tivesse pagando o mó'pau pra cena curitibana.
E,de quebra: casino e hurtmold (hospedados lá em casa) e meus conterrâneos pipodélicos. Aí começava um histórico de amizades, mesmo que distantes, com alguns dos músicos brasileiros que a gente admira. Recebê-los em nossa casa, é um capítulo a parte. E a edição terminou apoteótica com Reles e Magog, para a nossa singela homenagem à cena – aquela da tal Seattle brasileira – que foi tão importante nas nossas vidas.

É emblemático pra mim que este Rock de Inverno estrondoso tenha sido ali, no 92, daquele jeito e com a Reles voltando a trio, tocando ao lado da “banda irmã”, Magog...

2003
Depois da euforia do Rock de Inverno 3, a frustração da edição que não aconteceu, acontecendo. Foi um dia do cão, o 29 de agosto de 2003, no Diretoria Café. Nada do que foi combinado foi cumprido. Quando chegamos pra passar som, o equipamento era menos do que tínhamos em casa pros ensaios d”OAEOZ. Lá foram Ivan e Mackoy atrás de tudo. Conseguimos. Telão arrumado, Sonic Junior mandando ver já na passagem. Ivan foi em casa e eu fiquei direto.

De repente, dô de cara com policiais, metralhadoras em punho, uma invasão armada. Ainda hoje... fico pensando que lei permite que se faça isso com cidadãos. Respirei fundo e procurei o comandante da “ação”. Me apresentei como produtora. Ele explicou que o local seria fechado, pois não tinha alvará. Mantive o sangue frio! Perguntei se era preciso entrar daquele jeito agressivo no bar. E só então, expliquei que era jornalista e que ali dentro só tinha músicos e imprensa, inclusive a nacional.

Paola já estava no local e dá-lhe linha direta com as autoridades. O policial disse que receberam denúncia e que eu poderia até reabrir a casa depois, mas que se eles tivessem de voltar, a coisa ficava mais complicada. Acho que no final, até ele queria que a gente fizesse o festival. Mas, a gente jamais correria aquele risco. Então ele disse que se nós não fôssemos ao microfone pedir a todos que saíssem, eles o fariam.

Não lembro de nada tão difícil. Naquele ano o Rock de Inverno aconteceu na Casa Azul, para onde fomos assistir ao lançamento do vídeo da edição anterior, feita pelo Marcelo. Nesta noite, pela nossa casa passou até jornalista da Folha da São Paulo. Mas eu lembro só de cenas picadas. De quando falei com o comandante, da gente no palco falando com a moçada; flávio chorando muito, bem quando eu tinha conseguido parar, de eu sentada quase embaixo da mesa da nossa casa, cheia de gente. E da gente recebendo no outro dia de manhã o pessoal das bandas de fora e contando tudo.
Foram os amigos que conseguiram uma brecha no Motorrad, se não me engano, em shows dos Dissonantes, que cederam o espaço pra que as bandas que vieram de fora tocassem (La Carne, Blanched; o Sonic Junior foi embora sem tocar, mas Paola os chamou para o CPF, depois). No outro dia, já mais recuperada pelo carinho dos amigos, me acabei de dançar (e chorar,claro) nos shows emprestados deles.

Dez anos de Rock de Inverno: 3



A outra edição tinha que ser o máximo. E foi. Em 2004, no Cine. Deu tudo mais do que certo e ainda tivemos a inglesa Transcargo, por conta do Marcelo Borges. Com direito a uma bela roda de capoeira e maculelê com facão que acabou com meu tremos de pernas nervoso. Iê, Força da Capoeira!



Gianoukas Papoulas, Cores d Flores, Wandula, Charme Chulo, OAEOZ, Mordida, Ruido/mm, Trancargo, Deus e o diabo, Fuid, Sofia, Johnz, Matema e Gengivas Negras. Tivemos apoio luxuoso da Gazeta do Povo – e a menor cobertura jornalística por parte do jornal.

Eu não consegui parar. Acho que por aí, o Ivan já estava meio de saco cheio, afinal o que tinha começado como prazer tava virando obrigação. E o estresse era sempre o mesmo. A mostra cresceu, não dava mais pra oferecer nossa casa pros convidados. No sexto, quase caímos no mesmo erro e olha que os donos da casa apresentaram até documentos da prefeitura – que não eram definitivos. Uma checagem por parte da FCC indicou que não constava nos registros legais da prefeitura. Lá fomos eu e Ivan encarar outro dono de bar fdp (nem lembro o nome, mas era esse boteco que tem ao lado da casa vermelha). Voltamos pro 92, mas desta feita, tivemos o menor público de um Rock de Inverno, que aconteceu na primavera com

La Carne, OAEOZ, Stela Campos, Cascadura, Góticos 4 Fun, Gruvox, Goya, Mocambo, Terminal Guadalupe e Gianinnis

Os ventos mudaram

O cansaço era evidente, mas eu posso ser muito teimosa... inscrevemos no edital da Petrobras e não entramos. Os ventos mudaram. Foram dois anos sem o festival – e eu ainda não conseguia largar dele. Até que fui convidada a analisar propostas de um edital da FCC e soube que poderia, como qualquer cidadão, encaminhar à comissão um pedido de edital.
Assim o fiz. Assinada também por outros produtores importantes de festivais da cidade. Foi aprovado o primeiro edital do Brasil exclusivamente para festival de música independente (neste contexto, artistas sem vínculo com grandes gravadoras).

O Rock de Inverno 7, nos dias 24 e 25 de julho de 2009, foi um dos quatros projetos aprovados pela única edição que este edital teve. Tivemos quatro bandas de fora. Todos que tocaram receberam cachê, mesmo que simbólico. Tenho orgulho de dizer que quando pudemos, pagamos pra todos. Quando não pudemos, nenhum recebeu – mas também ninguém tirou do bolso pra vir tocar no Rock de Inverno.

Fellini, Mordida, Lestics, Koti e os Penitentes, Ruído/mm, Je Rêve de Toi, Heitor e Banda Gentileza, Beto Só, 3 Hombres, Diedrich e os Marlenes, Nevilton, Hotel Avenida, Pão de Hambúrguer e Liquespace. Patrocínio da cidade, através do Fundo Municipal de Cultura de Curitiba/FCC. Apoios: Livrarias Curitiba, Jornal do Estado, Influx e 91Rock.

Eu olhava pro lado, Rubens, Coelho, Flavio, Rafael.... olhava pro Ivan... meu, é o Fellini tocando no rock de inverno!!!!!! Lindo, emocionante... e eu fiquei nervosa, ansiosa e irritada (coitados do Ivan , da Mari e da Karla) quase mais que no primeiro. Podem até não acreditar, mas cada show que eu assisti (ou perdi, alguns poucos, por estar na correria) no Rock de Inverno fez minha existência mais especial. E não só porque praticamente todos se transformaram em pessoas mais próximas. Receber essas pessoas inquietas, sensíveis, exigentes e tão talentosas que recebemos pra mim foi um privilégio. E, modéstia à parte, conseguimos estar a altura, porque todos falam muito bem do festival. Não digo que fomos perfeitos, porque não o somos, nem pretendemos. Como a gente costumava dizer por aqui: somos amadores, mesmo, no melhor sentido da palavra.

Nunca quis que o Rock de Inverno fosse um festival grande maior. Prefiro a consideração de quem admiro. Porque o que eu gosto mesmo é desse contato próximo. E, depois dos shows trazer os amigos pra uma prosa ou gig aqui em casa. O prazer de ver uma banda destruindo no palco que você ajudou a armar e poder dizer: “eu sabia que isso ia acontecer e se deliciar com a expressão das pessoas ao redor”.Sempre amei ser platéia e com o Rock de Inverno (e OAEOZ) aprendi que posso estar escrevendo bem mais firme essa nossa história, daqui desse lado. E que fazer parte de algo maior – independente de se é algo grande ou não - é o que faz hoje ser tão especial e dá a chance de daqui uns dias ter todas essas boas sensações pra lembrar, como a gente tem. Valeu moçada De Inverno, vocês que fazem parte desse pedaço da nossa história. Valeu Rock de Inverno. E, em especial, de minha parte, valeu Ivan e OAEOZ. (adriperin)

TINDERSTICKS – Live In London (2010)



Mais um "achado" do The sound & The fury

6/08/2010

Giancarlo Rufatto - novo single



baixe aqui

“Canção da espera” é o novo single que, dizem, é em homenagem a mais uma data comemorativa - aquela do dia 12 de junho. Os quadrinhos da capa do Single são desenhados pelo grande Álvaro Borba, que já havia desenhado o Single de natal. O single traz tambem “O fim das Horas” se fingindo de lado B e ambas devem fazer parte do Ciao EP, que sai um dia desses. Mas enfim, aquela coisa de sempre, para baixar basta clicar na arte acima ou diretamente no myspace.

6/07/2010

Dasvelas - Sempre criança



Mais uma música dos amigos do Dasvelas, que na quinta-feira tocam com o Charme Chulo no James. Abaixo a descrição deles e a letra

""Sempre Criança", composta por todos os integrantes da banda, com letra do Marano, traz ainda a participação de Diogo Soares (Los Porongas) nos vocais:

"Você que tem a mesma força que eu
Tem no sangue: música e palavras
E traz sem perceber
O entusiasmo presente de um Deus
No coração
Te espero pra voltar pra casa.

Você que tem as flores no cabelo
Desde criança do mesmo jeito
Chegue mais perto
Traga a sobra
Do céu que te descansou
Do lugar que ainda não conheceu
mas que chegou, chegou, chegou..."

6/01/2010

Um Brasil diferente

Um Brasil diferente - Ensaio sobre fenômenos de Aculturação no Paraná é o livro de Wilson Martins que comecei a ler. Ele fala da formação cultural do paranense e Logo no começõ trata da paisagem. Dividido o Paraná em cinco regiões - litoral serra do mar,planaltos 1,2 e 3 -, ele comenta que o "pa raná é uma civilização de planalto".

"(...) construída por homens do interior, sem a nostalgia dos horizontes talássicos, e que preferiam, antes, a marcha demorada e pouco aventurosa através dos campos gerais, das planícieis infinitas, em que a sensação de solidão enorme só equivale à de segurança perfeita, com os olhos devassando para todos os lados a amplitude desabitada e deserta".

Tá um dia perfeito pra ficar com a cara num livro e um bom chá do lado.

"... esta civilização de burgueses e não de marinheiros. de construtores de cidades e não de aventureiros amantes do perigo e da incerteza. civilização de carteira de identidade e não do passaporte. é que o homem lhe veio, em geral, não das fímbrias de terras esmagadas entre a fronteira e o oceano, mas das tranquilas aldeias em que o ser humano se sente defendido pelo grupo;e daí uma civilização grupal, civilização de equipe, sem herois e sem extravagantes, sem solitários e sem rebeldes, e na qual, mesmo nos tempos mais recuados, é praticamente desconhecida a figura do pioneiro individual: civilização construída pelo grupo, que partiu do arado, da carroça de quatro rodas, e não do fuzil e do cavalo. "