10/30/2008

Deserto - Ivan Santos e Giancarlo Rufatto



www.myspace.com/giancarlorufatto


A primeira canção do EP produzido por Ivan Santos (vocalista da banda curitibana OAEOZ) e Giancarlo Rufatto está disponível no MYSPACE. Escrita por Ivan e cantada por Giancarlo, “Deserto” recebeu um arranjo complemente diferente da versão original presente no disco “Ao vivo na Grande Garagem que Grava” do OAEOZ. O EP será disponibilizado em breve pela De Inverno Records.

Abaixo um texto do Gian sobre o EP, já publicado no Mondo Bacana

"Ivan Santos não se lembra da primeira vez que conversamos. Foi após um show de sua banda, OAEOZ. Estava ali para ver a banda que tocaria em seguida (mais precisamente para ver a vocalista), mas perdi o inicio do show seguinte para trocar umas palavras sobre o show deles. Até então, pouca coisa havia escutado da banda e não era o suficiente para dizer se gostava na época ou não. Corta. Mais ou menos um mês depois recebo um email do Ivan dizendo que havia se impressionado com meu projeto anterior, a lo-fi dreams e tinha escrito um texto sobre “sua descoberta”. Isso já era julho de 2007 e eu já estava em outra, tentando lançar um disco "folke” – estilo musical forjado a base de violões e contas a pagar – chamado “Cancioneiro vol.1” e estava fazendo shows semanais pelas ruas de Curitiba. O disco nunca saiu, mas ajudou a fazer novos amiguinhos e ser entrevistado para um jornal pela mulher de Ivan. Corta de novo. OAEOZ estava ensaiando um show que viraria disco pelo projeto Grande Garagem que Grava e fui convidado para tocar teclados na canção que abre o disco – Deserto. Fui há alguns ensaios, o suficiente para que os integrantes da banda notassem minha falta de talento para com as teclas e fui dispensado. Mesmo assim Deserto ganhou um fã e uma versão que por enquanto está disponivel somente no Myspace. o EP será lançado oficialmente nos próximos dias aqui no Mondo Bacana e pela De Inverno Records"

procura-se quem ame gatos

sou apaixonada por gatos. tenho duas, ma-ra-vi-lho-sas. resmunguentas, donas da verdade, brigonas comigo e simplesmente adoráveis. tigra maria e lu, minhas companheiras que adoram deitar em cima de cases de instrumentos, em cima da minha barriga, pulam da janela em cima da gente, arranham a porta e querem ficar tomando água só na torneira. também adoram curtir um dia bonito em cima dos telhados - ou tomar chuva em dia quente. nos dias cinzas ou chuvosos passam o dia na vida mansa, só dormindo, lambendo, comendo... malandras...
isso tudo pra dizer que preciso achar casa para alguns gatos, filhotes. minha mãe tem muitos em casa, muitos mesmo. e a situação está insustentável, precisamos (os filhos, fazer algo). e o meu algo é convencer ela a dar alguns. minha mãe é do tipo que se derrama ao ver um bichinho largado na rua. começou recolhendo alguns, depois uma pessoas safadas, e fdp, sabendo de seu ponto fraco largaram alguns na porta da casa dela, em pinhais. sem grana pra fazer a cirurgia de castração que é absurdamente cara (é muito fácil fazer discurso de quem tem quer cuidar dos bichos, quando se cobra mais de R$200 paus por uma cirurgia, os pacotes de ração sá fazem aumentar; qualquer consultinha sai o olho da cara...) e bicho é foda... entrou no cio, danou-se... emprenhou. e assim, a casa dos meus pais foi sendo tomada pelos bichos, em especial gatos. entendo perfeitamente minha mãe, mas a gente precisa por limites na vida e neste caso já passou da hora.

então, que apareçam os que amam gatos. ela tem 12 filhotes, à príncípio, na época de serem "adotados". hoje vou lá e farei fotos, depois coloco aqui. eles são lindos, como todo filhote, espertos, brincalhões e alguns meio arredios, até pegarem confiança. ah, e, alguns, são sobrinhos e sobrinhos-neto (hahahah) da minha doce Lulu, a pretinha magrela que gosta de jardins. muito alto astral. (Adri)

10/29/2008

Dia de ler é todo dia...

... mas hoje é o Dia Nacional do Livro. não sô nada chegada a este tipo de data e algumas eu renego mesmo (dia dos namoradas, da mulher, essas besteiras....), mas os livros merecem um post meu. Acho que eles foram meus primeiros melhores amigos, capazes de me levar a viagens inimagináveis, enquanto passava os dias atrás de um balcão de bar. minha amada vozinha não gostava muito que eu ficasse debruçada sobre as palavras, pois, é óbvio, que desta maneira minha atenção se desviava do atendimento para aquelas deslumbrantes, fascinantes, histórias. A pequena biblioteca pública da minha cidade recebia minha visita toda semana, mais de uma vez e eu seguia lendo o que caísse nas mãos: primeiro, foram os gibis e as fotonovelas da minha tia adolescentes - nossa como li essas coisas, escondida, porque não era leitura pruma criança ( a não ser que ela fosse uma pirralha metidinha como eu!hahahah). lembro também de no primário uma professora que emprestava livros e meu primeiro trauma por conta disso, uma bronca que eu levei dela em público porque, como eu andava com o que lia (e meu caderno pra escrever) pra cima e pra baixa, acabei provocando "pequenos acidentes", como uma orelha de burro aqui,uma mancha acolá... (po, eu era uma criança que gostava muito de ler, ela deveria ter sido no mínimo mais delicada... nunca esqueci, mas continuei lendo...).
não li Julio VErne, minhas fantasias eram personificadas nas histórias de um sitio, dois irmãos e alguns briquedos diferentes, como uma boneca tagarelíssima, um sabugo de milho visconde, uma vó com mão boa pra guloseimas. Ainda lembro de quando ia praquelas estantes pegar o outro dos 17 volumes das histórias crias por Monteiro Lobato. E ainda lembro os pezinhos acelerados à saída do colégio para chegar em casa em tempo de não perder alguma aventura dessa trupe do interior. Lembro do anjo que caiu do céu, da chave do tamanho, que obrigou a louca da emília a morar na cartola do sabugosa, enfim...doces lembranças de infância....
depois vieram as julia, sabrina e biancas da vida, cujas histórias logo me encheram o saco, porque eu já sabia todo o enredo, depois da primeira página...ficou muito sem graça e minha coleção foi pro sebo. Aí, eu já estava em Curita e fiquei simplesmente abestalhada com o tamanho da Biblioteca Público do Paraná - e eu vou na Biblio, era uma das frases mais faladas pela adolescente solitária e problemática, rebelde sem causa que eu virei...

naquelas prateleiras eu ficava horas só pra escolher o que leria. Já no segundo grau, pensando em vestibular, o livros do Sidney Sheldon que me eram sugeridos, já não eram suficientes para minha curiosidade. eu queria aquelas "biblías" que via, sem ter idéia de quem eram seus escritores... cheguei a decidir ler em ordem alfabética alguns livros da BPP... lia com uma dicionário ao lado para as emergências...
Aí então, quase ao final da década de 80, veio a faculdade, ponta grossa, e achei a minha turma, obviamente muito ligada a livros. E um apessoa em especial, Li, Eliete MMarochi, cuja família é dona de uma bela livraria em PG, o Beco do Livro. Ela ficou mais amiga antes do ivan, e por tabela, eu lia tudo o que ela passava pra ele.
SArtre e Simone de Beauvoir, em especial, chutaram a minha porta, derrubaram tudo. Todos os Homens são Mortais, a trilogia de Sartre (Idade da Razão, eu li novamente perto dos 30 e foi ainda mais, como eu diria... mais esclarecedor da existência ainda)...Rumo a Estação Finlândia, Tudo que é Sólido Desmancha no Ar, puxa eu tinha 17 aninhos...li muita coisa boa que ficou em mim, via essas duas pessoas tão importantes na minha vida...
também nesta época comecei a saber a verdadeira história do Brasil. Ler Tortura Nunca Mais foi de um impacto tão grande na minha existência, que mudou pra sempre minha relação com o Brasil. Lembro de chorar convulsivamente em algumas páginas, me perguntando: "como é possível que eu não soubesse disso. como ninguém me contou nada". E as peças foram se juntando: polícia com metralhadora no bar do meu avô, proibições, hora pra fechar as portas... os pontos foram ligando e formando figuras terríveis...

Junto vieram, 1968 - O Ano que Não acabou, O que é isso Companheiro, As veias abertas da américa latina, Guatarri e Deleuze e suas microrrevoluções, possíveis sim e nossa única alternativa -, Humberto Eco, kafka, Orwell, Nietzsche , Thomas Mann, Cervantes, Goethe, Celine, enfim... a lista é tão longa....
Tive fase de ler pouco e o mal que isso acumulava em mim, logo ficava evidente. Agora, voltei a ler muito. É trabalho também, mas procuro, com os livros, manter o prazer. Eles são importantes na minha vida, desde antes da música, porque ela entrou nos meus dias sem eu me dar conta, e pelos eu precisava lutar, ir atrás, eles não caiam nas minhas mãos..

Hoje em dia, além de ler, tenho meus três sobrinhos. Dois deles, filhos dos meus irmãos, o Gabriel e a Gica, ganharam livros (e um CD) ainda nos primeiros dias de vida. Para o Gabri, que é maiorzinho, sei que já consegui mostrar o prazer que essas preciosidades nos dão ( ele sempre lembra da tia aqui, pra ir ao cinema nas férias, o que me encanta); a Gika, que tem pouco mais de um ano, minha irmã me contou ainda esta semana, anda pra cima e pra baixo com o livro "da vaquinha" que eu dei no niver. papai e mamãe, disse, não aguentam mais ler a mesma história. É isso, que quero deixar pra eles, o melhor de mim: minha paixão, que nunca acaba, esse meu fascínio pelos livros, por suas viajantes histórias, que tantas vezes me carregaram para outras realidades. (Adri)

10/28/2008

Nada de novo no front....

Parece que rolou uma treta com o Marlene e os Dietrichs lá no Hangar nesse último final de semana. Pelo que entendi os caras tavam programados pra tocar, mas foram limados pelo pessoal do bar porque não venderam ingressos antecipados em quantidade suficiente. Taí um belo retrato da realidade do independente curitibano. Isso que estamos falando de uma banda que reúne alguns dos caras mais escolados e profissionais desse nosso mundinho do rock local. O Ferreira colocou um post lá no blog deles do qual eu faço questão de reproduzir aqui alguns trechos principais, e assinar embaixo.

“Fomos preteridos por não termos garantido o lucro do bar com ingressos antecipados (!!). Peraí!!! Somos músicos e não bilheteiros.”

(...)

“Curitiba está ficando difícil pra nós que não temos saco pra aceitar migalhas. Em menos de 1 ano de banda riscamos 2 bares do nosso mapa por desrespeito.”


Não é a toa que o OAEOZ, mesmo tendo lançado dois discos em 2008, só fez um único show oficial este ano, justamente no TUC, produzido pelo pessoal da Grande Garagem que Grava. E que eu não me sinto nem um pouco animado de sair atrás de tocar nessas condições que a gente vê por aí. O foda é saber que essa situação não vai mudar nunca, enquanto tiver gente disposta a ser desrespeitada em troca de um espaço pra tocar, mesmo que seja pra tocar pra ninguém, sem nenhuma condição técnica, e só pra queimar a cara. Do jeito que vai o negócio vai ser fazer festa pros amigos ou ficar tocando violão em casa mesmo.

Pra quem quiser saber mais, vai lá no blog deles, ou veja aqui na comunidade do orkut.

10/27/2008

Calexico - KCRW



Essa vai pro Ramiro. Calexico no Morning Becomes Eclectic, da KCRW, apresentando as músicas do disco novo. Fiquei muito impressionado. Eles alternam momentos mais "alegres", onde entram os elementos latinos e do Southwest, com canções extremamente intimistas, onde o steel guitar e os arranjos vocais me lembram coisas como Cowboy Junkies e Mojave 3. Muito bom. E se o disco for assim, vale a pena.

10/25/2008

presente de aniversário



esse aí da foto é o presente de aniversário que o ivan me deu, ontem a noite, não sem antes dar uma bronca porque eu, as voltas com os estudos de baixo não consegui ligar no computador. fiquei com cara de tacho quando ele saiu fora dizendo que não ia nunca mais me ajudar a ligar o baixo no computador, pensando que, puts, ele tinha razão, quantas vezes... levei uns segundos pra entender quando ele voltou, que aquela caixa que ele trazia era pra mim, lerda, chapada: "toma que é seu esse negócio, é pesado"...; daí caiu a ficha... e fiquei cara a cara com esse, além de tudo, bonitão. agora sim, é outra história, não tinha tesão com essa caixinha de computador, nada ver...então, ô dona Lu, tudo pronto pra sua chegada!

10/24/2008

Aniversário e garotas do rock



Como hoje é aniversário da Adri, uma homenagem às garotas do rock (aquelas que segundo o Akira S, "são mulheres no crime, são melhores com creme", ehehe). Mais uma ótima dica do Gian - a cantora Rachael Yamagata - que me lembra muito a Cat Power, aqui em um show no venerável Morning Becomes Eclectic, da KCRW. Recomendo avançarem até 24'30, quando ela toca a balada "Sunday Afternoon", minha canção preferida de seu segundo disco, "Elephants teeth sinking into heart". É isso. Mais não digo. Bom finde pra todos nós.

10/23/2008

Jane's Addiction volta a se reunir para show em Los Angeles



Reuters/Brasil Online

LOS ANGELES (Reuters) - A formação original da banda Jane's Addiction vai se apresentar pela segunda vez neste ano, na quinta-feira, dando sinais de que o retorno da pioneira banda de rock alternativo, depois de 17 anos de separação, pode ser sólido.

O grupo vai tocar cerca de 10 músicas no bar La Cita, em Los Angeles, informaram o baixista Eric Avery e o guitarrista Dave Navarro, em seus respectivos blogs. O local, com capacidade para 390 pessoas, vendeu todos os ingressos, que custavam 5 dólares.

Esta será a primeira apresentação da banda desde os prêmios NMW, em Lons Angeles, há seis meses, quando Eric Avery tocou pela primeira vez com Dave Navarro, o vocalista Perry Farrell e o baterista Stephen Perkins, desde que a banda se desmanchou em 1991. Avery não quis participar das reuniões posteriores, mas agora mudou de idéia.

"Nunca sabemos o que o futuro reserva para nós; principalmente, quando se trata desta banda", disse Avery em seu blog (http://ericavery.blogspot.net). "Mas, pelo menos agora, o Jane's Addiction tem um futuro que podemos chamar de promissor. Temos uma ótima banda."

O Jane's Addiction surgiu na cena underground de Los Angeles nos anos 1980, destacando-se em relação a outros grupos pós-punk devido ao visual sexualmente ambíguo e ao som pesado e distorcido de suas guitarras. Eles gravaram apenas três discos e fizeram sucesso no rádio com músicas como "Been Caught Stealing" e "Jane Says".

Mas problemas relacionados às drogas levaram ao fim da banda, cuja formação original tocou pela última vez no Havaí, em 1991. A banda se reuniu em 1997, com o baixista do Red Hot Chili Peppers, Flea, como o primeiro dos muitos substitutos de Avery.

O último show antes dos prêmios NME aconteceu em dezembro de 2003, quando a banda encerrou uma turnê, mais uma vez devido a tensões internas.

10/22/2008

Uma noitada excelente

Névoa


Porta boleros


E o show do Lique, com sua Liquespace, ontem, no Wonka foi excelente. O melhor show que eu vi (e ouvi) lá. Mesmo com duas guitarras, baixo, bateria, acordeon e duas vozes dava para ouvir tudo bem, coisa que nem sempre se consegue lá, por conta do pouco espaço e da dificuldade em se acertar o som. Mas o Lique, como não é bobo, só se cercou de feras, que além de tocar muito, tem sensibilidade pra achar o volume exato da coisa, nem mais, nem menos. Gostei muito do guitarrista, excelentes timbres, colocação perfeita, sem exageros ou faltas. O batera (que também toca no Stella Viva), também muito bom, preciso e suingado (aliás, gostei da batera do cara com o bumbo menor, na medida pro lugar e pro tipo de som). E do acordeonista, talvez o maior destaque em termos de performance. O cara passa uma alegria contagiante de tocar. Você percebe quando uma banda funciona e se diverte tocando quando até os caras que não tem microfone cantam (vi isso várias vezes). Sobre o Denis, baixista, é desnecessário falar qualquer coisa, nê. O cara é simplesmente a elegância em pessoa.
Falando em elegância, o que dizer então do Lique? O cara faz tudo parecer tão fácil que dá até raiva. E as músicas cresceram ao vivo, ganhando corpo, soando mais pop, e mais rock sem perder os detalhes e a sofisticação que é a marca do trabalho do cara. Simplesmente clássico! Quem viu, viu, quem não viu, perdeu.
Fora que ontem reuniu-se no Wonka algumas das cabeças mais iluminadas e talentosas da música curitibana, com longa folha de serviços prestados à malandragem da boa, à arte, e a beberagem, claro, que ninguém é de ferro. Que dizer de uma festa que reúne Lucio Machado (Loxoscelle), Igor Ribeiro (oaeoz, Íris e mais trocentas bandas), Camarão, Cassio Linhares (Zeitgeist), Davi, Flávio Jacobsen, Rubens K, Marcelo França, Quinho, Antonio Saraiva, e muitos outros que não me lembro agora. Enfim, a fina flor da malandragem musical da cidade (ahahah). Foi deveras uma noitada excelente, como diria o Arnaldo.

10/21/2008

É rock, MPB ou música alternativa?

Liquespace

Jornal do Estado

É o novo disco de Marcelo França, o Lique, que mantém os dois pés nos jazz, cujo lançamento é com show hoje


Lique, no centro de camiseta branca, apresenta no Wonka o show do disco Cidade Estrangeira

Adriane Perin

Era para ser um show de lançamento do novo trabalho-solo do compositor Lique, mas o envolvimento dos músicos que participaram do projeto foi tamanho, ao longo dos mais de dois anos que a produção acabou levando, que o projeto solo virou o de uma banda, a Liquespace. E vai ser no Wonka que os curitibanos terão o privilégio de ouvir em primeira mão, ao vivo, o repertório de 12 canções que compõem o álbum Cidade Estrangeira, feito com apoio da Lei Municipal de Incentivo a Cultura.
No palco, além de Marcelo França, o Lique (voz e guitarra), estarão Alonso Figueroa (acordeom, synth e programações), Denis Nunes (baixo), Fernando Rischbieter (guitarra) e Julio Epifany (bateria), com participação especial do produtor Antonio Saraiva, cujo plano inicial era ser só platéia, mas acabou arrastado para o palco pelo amigo que está lançando disco.

Dos amplis, vai sair um som que mistura várias vertentes, mas não se perde de uma certa pegada jazzy, que não se priva de experimentar ser música eletrônica, mpb, tampouco do rock Envoltos em um certo ar nostálgico que sempre pinta quando se usa um acordeom. Neste disco, as referências citadas dão pistas: Chemical Brothers, Astor Piazzolla, Tom Waits e Luiz Gonzaga. O resultado é uma sonoridade que não cabe nos rótulos sedimentados. È mais fácil, observam alguns, dizer o que o som não é. Não é rock, não é MPB. Alguém já chamou, e Lique gostou, de “mpb indie” - mas indie, Lique não é; e nem soa como o que se conhece por “MPB”. Foi tido também como pós -rock. O som que surge da inspiração de Lique - e seus companheiros - não é nada disso, ao mesmo tempo em que é (quase) tudo isso. E isso tudo ( ou nada disso), com um tratamento apurado nos arranjos, na combinação de instrumentos que não são inusitados, mas muito bem usados por mãos e mentes capazes de criar detalhes que surpreendem até no último milésimo de segundo da música. Disco de gente com uma intensa musicalidade, bom gosto e referências finas - que faz, às vezes, um clima de sedução nostálgica pairar no ar. Lique, que voltou por conta do disco, a se estabelecer em Curitiba, lançou antes o solo Reunião (2003) e com as bandas Folha Seca e Loxoscele (com quem está em fase de produção do novo trabalho).

Serviço
Liquespace. Dia 21 às 22h. R$5. Wonka Bar (R. Trajano Reis, 326). Informações: (41)3026-6272.



Na banda, estão velhos amigos

Na banda, conta Lique, estão velhos amigos. “São caras com quem tocava há 15 anos ou aos 15 anos ou que chegaram até mim atrávés desses caras”. Tem composições em parceria com Hamilton de Lócco, Amarildo Anzolin, Alessandro Martins e Rafa Barreto. Apenas em duas, Lique assina sozinho. Ele diz que prefere só gravar composições nas quais fez letra e música. “Porque na música surge a identidade musical. Uma letra ganha o jeito dos outros. Preservo os caras dessas decepções de colocar uma guitarra distorcida em suas criações, que é o que eu faria”, brinca.

Agora, a idéia é fazer o máximo possível de shows e levar o projeto adiante, mantendo Curitiba como QG. “Já temos músicas novas e mais adiante quero fazer um show também com repertório do Reunião”. Ao longo dos quase três anos que decorreram entre o nascimento do projeto e seu tér- mino, Lique saiu e voltou de Curitiba, enquanto o projeto era aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura. Inevitável que tenha havido mudanças. “Tinha comprometimentos com outros projetos e nesse tempo também surgiram músicas novas, que acabei juntando às que já tinha”, diz, sobre o disco que tem produção dividida entre ele e o recifense Igor Medeiros. E conta, ainda, com o dedo de Lucio Machado em uma das mais interessantes faixas, “Jazzofilia”, que tem citações a John Coltrane, Billie Holliday e Chet Baker. (AP)

10/19/2008

Grashopper e Joy Division

Grasshopper And The Golden Crickets (The Orbit Of Eternal Grace)


disco do guitarrista do Mercury Rev. tirado do blog Amor Louco, que aliás, tem muita coisa boa.

Joy Division


Outra descoberta recente foi o blog Arapongas Rock Motor, especializado em filmes underground e de rock, música, etc, que fiquei conhecendo através de outro blog, o Go to Heaven. De lá baixei esse maravilhoso documentário sobre o Joy Division, dirigido por Grant Gee, sobre o qual, aliás, nosso amigo Marcelo Borges já escreveu em texto para o Jornal do Estado publicado em maio. Um complemento perfeito para o "Control", filme de ficção dirigido por Anton Corbijn sobre a vida de Ian Curtis. Sou suspeito pra falar, afinal sou fã da banda e o Joy foi um dos artistas que mais impacto causou em mim, inclusive levando a querer fazer música. Mas o documentário é muito bom, mesmo pra quem não gosta do som, porque mostra bem como a história da banda está ligada à sua cidade, Manchester. Além disso, os caras foram precursores em muita coisa, inclusive nesse lance do independente, e na atitude para com a música. Vale a pena baixar e conhecer. Abaixo um trailer do mesmo.



"Nós fazemos música para nós mesmos, mas esperamos que ainda assim,
outras pessoas gostem dela."


Ian Curtis


Decades
Décadas

Aqui estão os jovens, um peso em seus ombros
aqui estão os jovens, bem, onde estiveram?
batemos nas portas das salas mais sombrias do inferno
levados aos limites, nos arrastamos para dentro
observávamos das coxias enquanto as cenas se repetiam
nos vimos agora como nunca tínhamos visto
retrato dos traumas e degeneração
As mágos que sofremos e nunca fomos libertados
onde estiveram, onde estiveram?

Cansados por dentro, agora nossos corações perdidos para sempre
não podemos nos recompor do medo e da ânsia da perseguição
estes rituais mostraram a porta para nossas caminhadas sem rumo
aberta e fechada, e então batida na nossa cara
onde estiveram, onde estiveram?

tradução: blog Spectrumgothic

10/18/2008

The Gutter Twins

ST. JAMES INFIRMARY


STRANGE FRUIT


DEEP HIT OF MORNING SUN the twilight singers


pra mim, Gutter Twins, a melhor banda de rock do planetinha hoje. sem concorrentes.

10/17/2008

quando dezembro chegar....



esses dias instáveis de curitiba não me tiram o humor... só pena que sempre que planejo vir de bike essa primavera fecha a cara... po, que disperdício esses parques e ciclovias....

mas, tudo bem... pois boas notícias dão conta que amigos especiais que estão em terras distantes vão atravessar oceano pra estar aqui em dezembro...marcelinho e lu querem fugir do frio! serão boas as festas, mesmo.

Ah, agendaí: terça-feira, dia 21/10, lique de volta à curitiba faz o show de seu belo disco no Wonka. Vamos lá brindar as coisas boas da vida! Daqui a pouco mais posto o flyer...(adri)

10/16/2008

“Nasci para tocar flauta, e acabou!”

Jornal do Estado

Divulgação

Altamiro Carrilho: fama com a boa música, simpatia e bom humor para conversar

Adriane Perin

Altamiro Carrilho, que faz hoje show no Teatro Guaíra com a OSP, bateu um papo muito bacana sobre sua carreira e a música

Aos 84 anos de idade, Altamiro Carrilho construiu uma carreira que o coloca no topo quando o assunto é música. Não foi só isso. É quase certo que esta convivência iniciada antes de ter cinco anos de idade seja também o seu elixir, pois até em uma conversa por telefone, é inevitável se supreender com o vigor do falante flautista, também muito bem humorado até quando faz críticas - e nenhuma rusga para conversar pela enésima vez sobre sua trajetória. Um dos nomes máximos da flauta transversa, e um mestre do choro, ele está em Curitiba, a convite do Sesi-Pr e Teatro Guaíra, em cujo palco faz hoje o show A Fala da Flauta. Na performance, junto com a Orquestra Sinfônica do Paraná, ele faz também o lançamento da caixa com 3 Cds, Poesia do Sopro, que traz o registro de um concerto feito por Altamiro e convidados em agosto de 2006 e uma antologia de gravações históricas realizadas entre 1949 e 1955. Ele adianta que está fazendo um DVD, com “ depoimentos em forma de música abrangendo minha trajetória, contando causos pitorescos, com gente de alta categoria, como Tárik de Souza, Julio Medaglia. Sou muito exigente”.

Com 112 discos gravados Altamiro diz que no Brasil não lhe falta fazer nada. “Talvez viajar para alguns países. Esses discos, metade fiz como solistas e outra com os grandes cantores desde os anos 40”, diz e vai desfilando os nomes que começam com Moreira da Silva, Francisco Alvez, Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Angela Maria, Elizete Cardoso, “gente do mais alto grau”, alguns ainda vivos, como Roberto Carlos e Chico Buarque, emenda.

Boas lembranças — Nem cinco anos ele tinha ainda, quando vidrou naquele instrumento que fazia fiu-fiu , de um amiguinho que não tirava melodia nenhuma. O Natal se aproximava e seu presente tava escolhido. “Fiquei intrigado, peguei e descobri que cada buraco daqueles que eu destampava, dava nota diferente. Quando ganhei a minha nem almoçei, fiquei agarrado com minha flautinha”, lembra ele, que teve no lado materno da família o estímulo musical. Uma tarde em uma reunião famíliar, sem avisar, tocou uma marchinha de carnaval, e causou espanto. “Comecei a ser tratado de outra forma”. A partir daí sua convivência com a música ficou ainda mais próxima, participando dos ensaios da banda dos tios - cada vez mais entusiasmado. “Era muito pequenininho, nem aguentava os instrumentos que ficavam em um suporte”, lembra ele que travou contato com vários instrumentos de percussão. Até que um vizinho o convidou pra ouvir um disco de flauta, “gravada no tempo do gramofone”. Nesse meio tempo, já com 12 anos e a família morando em Niterói, conheceu um carteiro flautista que ao ouvi-lo pensou ser um disco e se ofereceu para dar aulas de graça. “Passei também a fazer minha flauta com bambu e fui pra todo programa de calouro que existia”. Aos 14 anos, apareceu Moreira da Silva e o levou para um estúdio de gravação.

Serviço
Altamiro Carrilho. Dia 16 às 21h. R$20 e R$10. Guaira (Pça Santos Andrade, s/n). Informações: (41) 3304-7982.


Músico bom tem, mas é tudo mecânico

Altamiro gosta muito de ouvir música, mas com cuidado. “Sem ruído que interfira, para poder ouvir os detalhes, que dizem muito”. O brasileiro é bom de improviso, observa, e se sai melhor quando investe nisso. “Quem tem criatividade não deve negá-la. Gosto muito de colar notas que não estão na melodia”, diz. “O que tem aparecido não merece muito minha atenção. Preferem música fácil de assimilar, sem melodia é muita letra embolada”, diz, confessando que não gosta de rap. “De rock até tem coisas muito boas, mas a bossa nova, esta sim trouxe coisa boa. O brasileiro faz tudo melhor quando improvisa, seja na política, nas artes ou no jornalismo”. As décadas vividas não foram suficientes para amainar sua inquietação musical nem o deixaram mais condescendente. “Me nego a me acostumar. O problema é que gosto de melodia, harmonia”. Nem as novas gerações de músicos populares escapam de sua veia crítica. “Até estão revivendo o choro, não falta músicos bons, mas é tudo mecânico. Falta criação. Tem que fazer algo novo e não ficar remoendo o que foi”, alerta. E sobra também para quem divulga. “O pessoal não alcança a qualidade da pureza das coisas boas. Preferem tocar as mais fáceis, chamadas ‘comerciais’, porque acham mais fácil vender”.

Vaidade — No final, pede que a repórter “corte a metade” do que falou. “Não é bom ser vaidoso e peço a Deus que não me deixe influenciar, pois ela atrapalha e você só quer fazer aquilo que te agrada. Então, corta quando parecer que to sendo muito vaidoso”.

10/15/2008

Desculpas



Curta-metragem produzido pelos alunos do 3º ano de Jornalismo da Universidade Positivo.

Sinopse: Uma escova de dentes. Essa é a questão que divide as opiniões de Cibele (Cínthia Albuquerque) e Henrique (Maurício Aguiar). A intimidade chega e atormenta o casal. No meio de muito amor, paixão, ciúmes e possessão, esses jovens aprendem que o diálogo é a melhor forma de descobrir o que se passa na cabeça do outro.

Direção: João Pedro Schonarth Produção: Elisa Cordeiro, Louise Possobon e Katna Baran
Direção de Arte e Fotografia: Isadora Hofstaetter e Kamilla Fernandes Câmera: Leônidas Vinício
Continuista: Karollyna Krambeck
Pós-produção
Decupagem: Karollyna Krambeck
Design: Isadora Hofstaetter
Edição: João Pedro Schonarth
Apoio: Jornal do Estado, Edison Montanarin e Fotógrafo Téo Pitella

Elenco:
Cínthia Albuquerque
Maurício Aguiar
André Gustavo Pupo
Eduardo Cardoso
Filipe Miyasaka
Kamilla Fernandes
Lorena de Oliveira
Rodrigo Renan Pupo

Trilha sonora: Desculpas (Não quero saber) - Banda OAEOZ

Curitiba, 2008

10/14/2008

10/12/2008

La Carne - Granada no Showlivre - bootleg 2008



É isso aí. A melhor banda de rock do Brasil, tocando seu disco novo, ao vivo. Cortesia do senhor Wellington "big boss" Dias. Como ele mesmo disse, uma granada sem pino, explodindo nos corações dos amantes dos bons sons.

Aqui o áudio.

aqui o video

10/09/2008

Um palhaço de cara limpa

Jornal do Estado
Entrevista exclusiva

Fotos: João Noronha /Divulgação

Dedé Santana: prêmio como o primeiro palhaço de cara limpa

O Trapalhão Dedé Santana, agora com escritório em Curitiba, conversou sobre seu planos e lembrou muitas histórias

Adriane Perin

Poucos sabem, mas foi no canal 12 da nascente televisão paranaense em Curitiba, que Manfried Sant´anna, mais conhecido como Dedé Santana, teve seu primeiro programa. “Era um garotão, passei por aqui com o show e peguei amor pela cidade. O Domingo de Festa foi um sucesso e me rendeu convite para a TV Rio”, conta o eterno Trapalhão, emendando que também estreou aqui com o parceiro Didi, no Teatro Guaíra, antes ainda da inauguração. “Foi nossa primeira peça, Os Inssociaveis”. Ele ainda não mudou-se definitivamente, mas a primeira parte da acalentada volta para a cidade está em curso com a abertura de seu escritório, Dedé Santana Produções, em Curitiba. Atualmente, ele se divide entre Itajaí, Curitiba e o Rio de Janeiro, onde grava em sua volta à Globo e à parceira com Renato Aragão.

Estar diante de um dos Trapalhões trouxe ansiedade, afinal sou filha dos anos 70, e como muitos, esperava os domingos pra, no colo do meu avô, cair na risada com aquele maravilhoso quarteto atrapalhado. Dedé está com 70 anos e suas histórias ocupam quase todo o tempo, que fica curto para as lembranças desde os tempos de circo da família, de quando substituia o famoso Palhaço Arrelia; das histórias loucas do “cumpadre Mussum”. Mas, quase não trata de assuntos mais belicosos como o período de afastamento de Renato Aragão, a temporada fora da Globo ou as pendengas com os familiares dos trapalhões mortos. “A poeira baixou, e o Didi pode me chamar de volta. É muito legal, porque todo mundo pára pra ver quando a gente vai gravar junto. O Renato está sendo muito bom comigo e sempre fomos amigos”, garante. Sobre o fim dos Trapalhões, e parcimonioso nas palavras. “Ah, foi cada um morrendo e, sem dois pés a mesa tombou”. Ele prefere falar do que vai fazer, entre os quais um sonhado “filme sério”.” A Ùltima Chance, que está quase pronto”, adianta, acrescentando que a idéia é ter um estúdio na cidade.

Também está contente com o lançamento em DVD dos clássicos cinematográficos dos Trapalhões. “O pessoal sempre me cobrou e agora eu vou ter também, já comprei cinco”. Aproveita para contar que “sempre quis ser diretor” e Didi lhe deu essa alegria. “Dirigi vários filmes dos trapalhões, inclusive O Mágico de Oroz, sucesso de crítica e público e a menina dos meus olhos, A Filha dos Trapalhões”.

Televisão — Ele lembra também de quando chegou na Globo e foi apresentado para “um cara magrelo, um cearense com cara de fome”. “Ele já era Didi e eu já era Dedé, desde criança. Eu tinha cara de baiano, nome de alemão e nasci em Niterói, veja só”. Dedé cresceu no circo. Estreou com 3 meses, no colo da mãe, em uma história onde o filho de escravo era vendido. Havia uma gravação do choro do bebê pronta, mas ele inventou logo de início. “Chorei na hora certa e a equipe começou a rir. Meu pai teve que parar e pedir desculpas. Foram meus primeiros aplausos”. No circo da família fez de tudo, de palhaço ao globo da morte, passando pelos trapézios. “Um dia meu pai foi perguntando para os filhos sobre o que cada um tava fazendo e eu contei sobre os oito números que ensaiava. Ele perguntou porque eu não fazia um só, bom”, lembra, rindo. “Eu era muito metido. E nosso circo foi o primeiro a ter também um palco, ao lado do picadeiro”. Lá, ele até tentou fazer um papel sério. “Era O Ébrio, o circo lotado e chovendo muito, as pessoas com guarda-chuva porque chovia dentro”. Claro que ele não resistiu e fez piada”. “Meu pai queria me pegar do lado de fora, mas o circo inteiro caiu na risada”, rememora ele, que já foi também, verdureiro, engraxate, ajudante de mecânico e cortador de camisa.

Trabalhou também com o famoso palhaço Arrelia, conhecido como o primeiro a ter circo na tv. “Na verdade o primeiro palhaço da tv foi meu primo Pirulito, mas o Arrelia que ficou pra história”, esclarece antes de engatar mais história. Ele substituia Arrelia, que era muito rigoroso com o horário. Mas ficava intrigado porque mesmo fazendo tudo igual ao Arrelia, as pessoas não riam do mesmo jeito. Um dia, chegou em cima da hora, entrou correndo em cena e... choveram aquelas risadas que ele tanto esperava. “Eu tinha esquecido de pintar a cara”. Momento histórico: foi a primeira vez que Dedé Santana fez graça com a cara limpa. “Nunca mais pintei a cara e ganhei até prêmio como o primeiro palhaço de cara limpa”, conta ele que hoje dia, só de vez emquando faz circo.


Histórias do “cumpadre Mussum”

Dedé é abordado o tempo todo, conta. “Em Serra Pelada as pessoas choravam porque lembravam das famílias que não viam. Recentemente tenho me emocionado mais ainda”. Outro dia, duas comissárias de borbo da TAM perderam aquela panca característica para se derreter de alegria diante dos autógrafos conseguidos. “Não me escondo, faço tudo normal. Sou como o Mussum”. E por falar nele, de volta às histórias, agora as do “cumpadre Mussum”.
Um dia, conta Dedé, ele chegou em sua casa com a família e malas prontas. “Cansei da minha casa, nesse final de semana eu fico aqui e você fica na minha,ok, para eu dar uma espairecida. Ele era assim”.
Em outra história, Dedé foi surpreendido com um telefonema do compadre informando que havia comprado um barco pra ele, mas ele teria de pagar. “Ele tinha conseguido dois pelo preço de um, acredita? Mas o que eu ia fazer com um barco?”. E outra ainda: Eles costumavam sair juntos com a turma dos Originais do Samba, mas um dia Mussum disse que não sairia mais com ele. “Ah, compadre, você me envergonha bebendo só esse suquinho aí”, conta, sobre o famoso bebedor de “mé”, seu mais próximo amigo. Já Didi é mais tímido. “Mas ele sempre teve uma coisa muito boa, que foi manter o clima de brincadeira mesmo quando a gente andava aborrecido”. Para fechar, mais uma história: em uma premiação que foram receber em Portugal, em meados dos anos 90, Renato inventou. Todo mundo chegava de limusine e o trapalhão quis fazer sua entrada triunfal de carrroça. “E cismou de querer guiar. Na hora que a gente devia parar, os cavalos não obedeceram e lá foi a gente com carroça para cima do tapete vermelho. “No outro dia, só deu nós nos jornais”.

Serviço
Dedé Santana Produções:
(41) 3027-6163.

Loki - Arnaldo Baptista (trailer)



Trailer do documentário sobre Arnaldo Baptista.

10/07/2008

La Carne no Showlivre



E nesta terça-feira, dia 07, a partir das 15h, um programa imperdível. La Carne ao vivo no Estúdio ShowLivre, tocando músicas do novo disco "Granada" e coisas do La Carne, Bom Dia Barbárie e Desconhece o rumo mas se vai. Quem não puder assistir na hora, é só acessar o site depois, que o programa fica arquivado.

10/06/2008

Eu acredito...

Eu acredito...

“Eu acredito no amor, por exemplo, mas não acredito que o amor seja solução pra nada. O amor é uma porta para as piores encrencas e para o cardiologista mais próximo. É o que eu acho. Mas que ele existe, até mais que as bruxas, existe. Eu não acredito em felicidade, mas também não acredito em suicídio, porque ainda acredito no próximo porre ou no próximo livro desesperançado que vou ler. Mas respeito os suicidas, é claro, e acho uma sacanagem da Igreja Católica punir os caras que se cansam da encrenca toda. Alguns bebem até morrer, como Kerouac, ou fumam desbragadamente como John Constantine. Tanto faz, tem um demônio rindo atrás da asa do nosso anjo protetor.”

Mario Bortolotto, em mais um daqueles textos matadores. Vai lá e vê na íntegra

Twilight Singers & Lanegan - Live With Me/Where did you sleep