9/30/2008

Cara nova

Como vocês já devem ter percebido, nosso blog passou por uma reforma visual. Agora mais clean e agradável de ler. Cortesia de nosso amigo Giancarlo Rufatto.

9/29/2008

demorou, mas plêiade veio..

...o que posso dizer de um cara que escreve isso:


“Você me diz
quase constrangida
que as canções que eu amo
te deixam tão triste
quanto um domingo de chuva
mas eu também amo a chuva
e seus domingos
e a melancolia que eles vem me trazer
é como um presente ...o mesmo presente
mas sempre querido

Canção triste eu te amo
como a uma mulher
que me quer só um pouco
e não me quer" (Requiem, de Claudio Pimentel)

ou
"Com os sonhos de que tive essa noite
não era nem pra eu sair de casa
com os monstros que eu dormi essa noite,
não era nem pra eu sair da cama
mas eu precisava olhar os teus olhos
e dizer as mesmas coisas de todos os dias
pra que você
nunca se distraia
de mim..."

Tenho acordado,praticamente, ouvindo a Plêiade... de quem sou fã há tempos... mas este disco, quanto mais ouço, mais amo... meu trecho de ônibus até o trabalho me acorda, me emociona, me faz ficar outra vez inebriada por essas canções que deixam meus dias mais vivos... pra plêiade acho que que ainda não disse: valeu, por estas canções que embalam minhas caminhadas pela pela mateus leme, pela roberto barroso, pelo calçadão da XV, pela Cândido de Abreu... que deixam essas manhãs de segunda um pouco mais fáceis... (Adri)

9/25/2008

Mais uma quinta-feira musical para animar a tímida primavera

Jornal do Estado

Gruvox é a banda de hoje no Teatro Universitário de Curitiba

Adriane Perin

Flávio Jacobsen (vocal e guitarra), Walmor Góes (guitarra e voz), Carlos Alberto Lins (baixo e voz) e Rodrigo Genaro (bateria e voz) formam a Gruvox, banda curitibana que toca hoje no Teatro Universitário de Curitiba (TUC).

A trupe vai mostrar o repertório de seu mais novo disco, Tudo que se Pode a Zero Grau, gravado produzido por Marcus Gusso, Rodrigo Genaro e Fernando Tupan, dentro do projeto do Estúdio Discos Voadores, que teve apoio do Fundo Municipal de Cultura para gravar 11 grupos curitibanos, que agora mostram o resultado em apresentações a cada 15 dias.

Os músicos que fazem parte da Gruvox, projeto nascido da disposição e persistência do, também (bom) escritor, Flávio Jacobsen, são todos fera, com experiência adquirida ao longo das três últimas décadas. Os mais novos - mas que já estão na estrada desde os anos 80 - são Jacobsen e Rodrigo, que também toca no Maxixe Machine e fez parte da Acrilírico, lá naquela primeira safra do 92 Graus. Na verdade, é um grupo de amigos que no palco promove um encontro de gerações. Jacobsen, várias vezes, não escondeu a admiração que tem pelos dois mais “velhinhos” do grupo, Walmor e Carlos Alberto, que na banda Opinião Pública, foram inspiração para o então garoto assumir a música.

Avessa a rótulos, a banda produz com independência, musicando muitas das poesias de Jacobsen. Tudo que se Pode a Zero Grau é o terceiro disco do grupo e o show de lançamento acontece depois de um ano e meio sem se apresentar na cidade.
Era Só — Lá na República Argentina, um pouco mais tarde, o som vai ferver com a Real Coletivo Dub, acompanhada do tecladista Bactéria, da recifense Mundo Livre S/A. O repertório da Real será basicamente em cima de algumas músicas já conhecidas do Cd de estréia, homônimo, como “Lave a Alma” e “Fronteiras”. Além de Bactéria, a noite terá a participação do carioca BNegão, que tem vindo com frequência para Curitiba, aliás.
O repertório, portanto, contará com músicas também de Tim Maia, Planet Hemp e Mundo Livre S/A, com direito a improvisos

Serviço
O que: Real Coletivo Dub, com Bactéria e BNegão.
Quanto: Ingressos: 200 primeiros: R$ 10 : 2 º lote: R$ 15.
Quando: Dia 25 às 22h.
Onde: Era Só O Que Faltava (Av. República Argentina, 1334). Informações: (41) 3342-0826
O que: Gruvox.
Quando: Dia 25, às 19h30. Quanto: R$3.
Onde: Teatro Universitário de Curitiba (Galeria Júlio Moreira).

9/22/2008

OAEOZ - Ciclojam

Recado


Dias


Talvez


Waking up


E acima, o OAEOZ tocando no programa Ciclojam, produzido e dirigido por Cyro Ridal, em algum momento entre 200/2001, quando lançávamos o nosso primeiro disco, "Dias". Um registro de ótima qualidade de um momento muito especial da banda. O primeiro video, de "Recado", veio do próprio canal do Ciclojam no You Tube, que aliás, é muito legal e indispensável pra quem quer conhecer um pouco do que de melhor se produziu em música em Curitiba nos últimos 8/10 anos pelo menos. Tem altas coisas inacreditáveis, de UVRay a Sofia, Svetlana, Excelsior, Maxixe Machine, Iconoclastas. Vale a pena conferir.
Os outros três vídeos eu tirei de uma cópia em vhs que tinha, e acabou captando em pb. mas vale pelo ineditismo e pra conhecer.

9/19/2008

Reencontros

Negativa


Distância


E o show ontem no TUC foi muito legal. Já tinha tido uma boa impressão quando fui em um dos shows que tem rolado por lá após a reforma, e isso só se confirmou ao tocar. A nova configuração do palco, no meio da platéia, dá uma sensação de aconchego e proximidade muito bacana. E a gente toca de frente pra batera, igual no ensaio, o que dá ainda mais naturalidade e espontaneidade à coisa. Tanto que o nosso show rolou de uma forma absolutamente fluida, quase como se a gente tivesse mesmo ensaiando. Foi tão bom que quando a gente viu já tinha terminado. E é sempre uma satisfação pessoal pra mim tocar tendo como "assessoria" de luxo pessoas como o Rodrigão e o Ferreira, da GGG, de quem eu sou fã de carteirinha. Vê-los ali curtindo o nosso show é um prazer e um orgulho sem preço.
Fiquei também especialmente feliz com a presença do grande amigo e figura José Fernando da Silva. Há 14 anos eu musiquei um texto dele que mais tarde se transformou na canção "Negativa", finalmente gravada e lançada no nosso novo disco, "Falsas baladas...". Acontece que por um monte de motivos, correrias e desencontros ele nunca tinha ouvido a música. Então eu fiz questão de avisá-lo e convidá-lo pra estar lá, pra que a gente pudesse finalmente entregar uma cópia do CD e ele ouvir a música. Foi muito bom saber que ele deu uma escapada do trabalho só pra ir lá, e que gostou da canção.
Enfim, é muito legal saber que o TUC voltou a ser um espaço de encontro e promoção da produção musical da cidade, porque é um lugar excelente, muito bem localizado e agora com uma boa estrutura, tem tudo para vingar e se firmar definitivamente como um lugar privilegiado para quem gosta de curtir boa música.

9/12/2008

A história de como se forma um colapso urbano

Jornal do Estado

Entra em cartaz hoje nos cinemas da cidade, Ensaio sobre a Cegueira, adaptação da obra homônima do escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel, dirigida pelo brasileiro Fernando Meirelles

Divulgação/Alexandre Ermel

Estrelada por Julianne Moore, a nova obra de Fernando Meirelles é uma adaptação do livro homônimo do Prêmio Nobel José Saramago, e conta sobre uma estranha epidemia de cegueira



Adriane Perin


Entre as várias estréias da semana nos cinemas da cidade, uma se destaca por várias razões. O novo filme de Fernando Meirelles, Ensaio sobre a Cegueira, diga-se logo de cara, é terrível. Não por ser ruim, ao contrário, mas por expôr com sensibilidade e uma linguagem crua, a capacidade de auto-destruição que a humanidade traz em si e costuma sacar diante das dificuldades - ou simplesmente quando se depara com algo diferente, sobre a qual não tenha controle. Para manter a própria pele a salvo, não existe hesitação diante do outro, e a crueldade domina qualquer tentativa de razão.

Estrelada por Julianne Moore, a obra, adaptada do livro homònimo do Prêmio Nobel José Saramago, conta sobre uma estranha epidemia de cegueira que destrói uma cidade. Para resolver o problema, as autoridades, enquanto podem, mandam os infectados para um sanatóriao abandonado, com cara de campo de concentração. Gradativamente, as poucas notícias vão dando conta de que o problema se espalhou, causando destruição e a chegada de cada vez mais gente à quarentena. As pessoas são simplesmente largadas lá e impedidas de se aproximar dos guardas, a base dos tiros, inclusive. A comida é largada à distância por pessoas que nunca mostram o rosto.

No grupo central estão: a protagonista, única não infectada, capaz de ver o que acontece ao redor naquele mundo a parte onde foram jogados o seu marido, um oftalmologista vivido por Mark Ruffalox, “a rapariga” (a brasileira Alice Braga), o “velho da venda” (Danny Glover) e um casal japonês (ele, o primeiro contaminado). Praticamente todo o filme se dá em um clima tenso e aterrador, com o diretor cada vez mais ambientando a opressão do homem sobre o homem. E a solidão de cada um, é coisa das entrelinhas.

A história fica centrada nas tensões entre dois grupos, o primeiro a chegar e o da ala 3, que a certa altura, assume o comando e se encarrega de tornar a situação ainda mais insuportável, a ponto de cobrar, e nada barato, pela parca comida que é jogada a eles, enquanto a sujeira vai tomando conta de tudo e de todos. Um dos pagamentos aliás, rende uma das passagens mais fortes e terríveis do filme - mesmo que tudo aconteça em uma massa de sombra e luz. A partir dali, os rumos mudam. Tem também alguns belos interlúdios, mas na maior parte é um filme difícil.

A produção estreou no Festival de Cannes e dividiu opiniões. Não li o livro e gostei do filme, que aliás aguçou a vontade de ir para a publicação. Acho temerário comparações. Tenho a clara impressão de que a maestria de Meirelles foi pegar a essência do que quis provocar Saramago e traduzi-la para o cinema. E o fez bem. Realmente não é um filme fácil e quem gosta de blockbusters palatáveis vai ficarmais desconfortável na poltrona. Mas, a vida também pode ficar bem desconfortável, e como mostra Ensaio sobre a Cegueira, o homem nem precisa de armas ou catástrofes naturais: ele é muito eficaz em transformar seu mundo num verdadeiro inferno.

9/11/2008

Bandas celebram dez anos de suas existências

Jornal do Estado

No Jokers, Cores d Flores e Choke recebem a Mocambo para celebrar sua primeira

Divulgação

Plêiade lança EP no TUC hoje

Adriane Perin

Cores D Flores e Choke - Mocambo como convidado - sobem ao palco do Jokers hoje para uma celebração conjunta. Os grupos curitibanos cantam e tocam para comemorar seus primeiros dez anos de existência. E tem mais, para quem gosta de música alternativa, em outros três palcos – e na Internet. No James Bar, a Gianninis toca com a gaúcha, Ton e os Karas, e no 92 Graus, o palco é da Diedrich e os Marlenes.

Na quinta do Tuc tem a Plêiade, com o repertório de seus dois novos discos, FF - lançado no primeiro semestre - e Domingo, EP pelo selo Discos Voadores, com produção de Fernando Tupan, Marcus Gusso e Igor Ribeiro. O show também comemora a volta do baixista Guto Gevaerd, que há seis meses não se apresentava com o quinteto por conta da turnê teatral com Felipe Hirsch. Domingo tem participações de Edith Mosberger e Rubens K, e é mais intimista que FF. “Fala de um período de minha vida. Servirá de balanço para revisão da nossa obra. Se os fãs gritarem por músicas do passado, iremos tocar”, diz Claudio Pimentel, vocalista e compositor.
Tem mais: a Relespública disponibiliza na rede hoje seu novo disco, o quinto álbum de sua carreira.
Jokers — O Cores começa mais uma nova fase, agora em trio e com bases eletrônicas. Marielle se mostra otimista e disposta a investir em canções mais climáticas e melódicas e menos pesadas. “É renovação, não quero ficar marcada como metaleira a vida inteira. Além do mais flerto com Portishead faz tempo, com Cowboy Junkies, Morcheeba . Eu quero é cantar, não quero rótulo, quero ser ouvida por gente que goste de música; fazer música para a minha alma e para algumas outras que entrarem na vibe”, diz ela, que embarca em novembro para a primeira turnê internacional, à convite do Choke, para América do Sul.

As bandas, conta Otávio, do Choke, já tem shows marcados em 07 cidades, argentinas e bolivianas. Para marcar os dez anos, o grupo disponibilizou todo o material já lançado pela gravadora LP Indie ( www.lpindie.com.br ) em MP3 , MP4 e MP5. Choke tem no currículo os discos Dicktatorshit Holocaust from Third world., Manifest Slum Radio e, deste ano, Manifest from Sudamerica. A bagagem pesa também pelas várias turnês pelo Brasil, Argentina,Chile, Uruguay, Bolívia e Paraguay.
Já sobre os rapazes do Mocambo, que seguem tocando, com as malas já prontas para embarcar no dia 31 de outubro para Nova York, a novidade é o novíssimo clipe, da música “A Dona do Jogo” ( http://www.youtube.com/watch?v=CHGz_nJcszg). A banda também está para lançar a segunda edição do vinil Musicografia abstrata, ainda antes da viagem.

Serviço
Choke, Cores D Flores, Mocambo e Dj Sonderam. R$10. Jokers (R. São Francisco, 164). Informações: (41) 3324-2351
Plêiade. Às 19h30. R$3. TUC (Galeria Julio Moreira). Gianninis. James Bar (R. Vicente Machado, 894). Informações: (41) 3222-1426

Relespública em edição limitada para pen drive

Jornal do Estado

Depois de cinco anos a Relespública apresenta um disco com 14 canções inéditas

Depois de cinco anos a Relespública apresenta um disco com 14 canções inéditas. Efeito Moral é o nome do quinto disco da banda, que a partir de hoje já pode ser encontrado na rede mundial de computadores. Desta vez, o trio experimenta nova tendência do mercado fonográfico: o álbum será vendido em uma edição limitada de 500 pen drives (com direito a extras como fotos, letras cifradas para violão e guitarra, quatro videoclipes e todos os MP3 do álbum anterior), ao custo de R$35.

O show de lançamento é no próximo dia 26, no Hangar. Até lá o grupo se apresenta, dias 17, no Empório São Francisco; 20 em Cascavel no Setembro Rock Festival e 23, no Pocket-Show de lançamento da noite Mondo Bacana Apresenta... , na Fnac.
Das que sobem ao palco hoje, a Reles é a banda mais antiga. Com o lançamento deste disco de inéditas, Fabio Elias, Ricarco Bastos e Emanoel Moon começam celebrar as duas décadas, que se completam em abril próximo. A julgar pelas novas canções, os fãs podem ficar sossegados, porque Fabio Elias continua bom para fazer canções, do mesmo modo que o trio inseparável se mostra cada vez mais maduro musicalmente, e disposto a fazer unicamente música, se distanciando de nichos e deixando sua marca entre os capazes de fazer boas canções, pop.
O disco traz também a belíssima “SOS”, gravada anteriormente pela banda Magnéticoss, da qual Fábio Elias fez parte.

O primeiro single do disco, “Homem-Bomba”, já ganhou também videoclipe , feito em animação , com jeito de fotonovela, pop art, quadrinhos da Marvel dos anos 60 e 70 . “A intenção foi utilizar referências marcantes sem parecer dejavu. Para dar um gás novo a essas influências, ainda contamos com o motion design competentíssimo da Pamka, empresa do video- artista Zé Riba”, comenta o diretor Fabio Biondo, estreante no gênero. Efeito Moral tem ainda “Tudo o Que Eu Preciso”, com participação de Samuel Rosa, composta sob a inspiração máxima de Carrossel, entre outros convidados especiais

Serviço
Efeito Moral. Cópias “físicas” chegam em novembro. Até lá:

www.relespublica.com
www.myspace.com/relespublica
www.mondobacana.com

9/09/2008

Dois paranaenses no páreo do Oscar

Nossa vida não cabe em um Opala e Estômago concorrem à indicação brasileira

Redação Bem Paraná com agências

O Ministério da Cultura divulgou, nesta terça-feira, a lista dos 14 filmes inscritos para receber indicação como representante brasileiro na corrida para o prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar 2009. O prazo de inscrições foi encerrado nesta segunda-feira. Um dos concorrentes é o filme Nossa Vida não cabe em um Opala, baseado em obra do dramaturgo paranaense radicado em São Paulo Mário Bortolotto. Outro é o filme Estômago, do diretor e cineasta paranaense Marcos Jorge, que foi rodado em Curitiba.

Agora, os filmes serão apreciados pelos seis membros da comissão avaliadora que indicará o longa brasileiro para concorrer à seleção internacional. Ela é formada pelos profissionais da área audiovisual Antonio Alfredo Torres Bandeira, Cleber Eduardo Miranda dos Santos, Silvia Maria Sachs Rabello, Maria Dora Genis Mourão, Giba Assis Brasil e Paulo Sérgio Almeida, e presidida pelo secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Da-Rin.

O nome do representante brasileiro será divulgado na próxima terça-feira (16), no Rio. Após essa data, ele disputa uma das cinco indicações a melhor filme estrangeiro da academia norte-americana. A festa do Oscar está prevista para fevereiro de 2009.

Veja quem são os 14 filmes que disputam a vaga:

1 - "A Casa de Alice", de Chico Teixera - Cinematográfica Filmes

2 - "A Via Láctea", de Lina Chamie - Girafa Filmes

3 - "Chega de Saudade", de Laís Bodanski - Buriti Filmes

4 - "Era Uma Vez", de Breno Silveira - Conspiração Filmes Entretenimento

5 - "Estômago", de Marcos Jorge - Zen Crane Filmes e Indiana Production Company

6 - "Meu Nome Não É Johnny", de Mauro Lima - Atitude Produções e Empreendimentos

7 - "Mutum", de Sandra Kogut - Tamberllini Filmes

8 - "Nossa Vida Não Cabe num Opala", de Reinaldo Pinheiro - Sequência 1 Cinema e Propaganda

9 - "Olho de Boi", de Hermano Penna - Luz XXI Cine Vídeo

10 - "Onde Andará Dulce Veiga?", de Guilherme de Almeida Prado - Star Filmes

11 - "O Passado", de Hector Babenco - HB Filmes

12 - "Os Desafinados", de Walter Lima Júnior - Tamberllini Filmes

13 - "O Signo da Cidade", de Carlos Alberto Riccelli - Pulsar Prod. Art. E Culturais

14 - "Última Parada 174", de Bruno Barreto - RPJ Produtores Associados

N.do blog: pra quem não sabe ou não sem lembra, a trilha de "Nossa vida não cabe num opala", feita pelo Mário e o maestro Amalfi, tem entre outras participações, uma certa banda chamada OAEOZ, além de Íris, La Carne, Cascadura, Patife Band, etc. Ou seja, já podemos dizer pra todos os efeitos que fomos pré-indicados pro Oscar por tabela. De Sumaré para o mundo! hauahuahuah

tá chegando...

9/04/2008

Só não vê quem não quer

É engraçado. Tá certo que reclamar é um esporte nacional. E muitas vezes a gente reclama com razão, é claro. As coisas não são fáceis, mesmo. E em um país onde a burrocracia impera e em que a máxima: “pra que facilitar se a gente pode complicar” é regra, muitas vezes dá vontade de mandar tudo a merda.

Mas longe de mim querer contrariar o coro dos descontentes, afinal, todo mundo sabe que eu sou reclamão também. Mas é que eu também sempre gostei de ser do contra, sabe como. De ir contra o senso comum.

E a real é que se reclamar é um esporte nacional, em Curitiba, a gente elevou isso ao status de arte. Curitibano adora reclamar da cidade, até que sai daqui e vê que lá fora muitas vezes o bicho é mais feio ainda, mas aí, as vezes quando percebe isso já é tarde.

Enfim, to falando isso porque sinto que muitas vezes a gente tá tão atolado nas dificuldades e exasperações de nosso dia a dia conturbado que não percebe as coisas boas que estão acontecendo à nossa volta. As vezes até percebe, mas de uma forma fragmentada, o que impede que você tenha uma noção do todo, e de que se a gente olhar com cuidado esse todo é muito maior do que se imagina.

Se não vejamos algumas das coisas que têm rolado nos últimos tempos aqui em Curitiba nessa área da música independente, muitas daquelas registradas neste blog e/ou nas reportagens da Adri no JE reproduzidas aqui:


- O TUC foi reformado e voltou a ser reduto das bandas curitibanas, com shows todas as quintas-feiras, todos com bom público e ótimo astral. Shows baratos, em um lugar bem localizado, com boa estrutura e público interessado.

- Com o apoio do edital de bandas de garagem da FCC, duas grandes levas de discos de 25 bandas foram lançadas pelos selos Grande Garagem que Grava e Discos Voadores, que por sua vez estão fazendo os lançamentos lá no TUC.

- Outro edital semelhante está para ser lançado, o que garante mais uma leva de discos saindo provavelmente no ano que vem, e ao mesmo tempo, a ocupação do TUC pra 2009, com mais shows de bandas locais.

- Depois de um período em que parecia ter se fechado, os espaços para a música local na mídia curitibana começam novamente a se abrir. Exemplo: a Gazeta do Povo, maior jornal daqui, voltou a ter um espaço fixo semanal para a produção nativa, a coluna do Luiz Cláudio Oliveira, Acordes Locais;

- ao mesmo tempo a Mundo Livre FM lançou o projeto Acústico capitaneado pelo Helinho Pimentel, com um programa semanal e shows de lançamento. Na primeira fase estão previstas 12 bandas, mas parece que a meta é chegar até 48 até o ano que vem.

- Além da grande mídia, espaços novos têm se aberto no veículos alternativos. Vide o programa Pras Bandas e outros em rádios comunitárias.

- O Último Volume, programa já clássico do Neri e do Marco Stecz com dez anos na Lumen FM tem aberto cada vez mais espaço para bandas e artistas locais, inclusive com uma sequência de especiais de bandas daqui tocando ao vivo no estúdio. E com uma audiência no rádio de 4 a 5 mil ouvintes, fora a internet.

- Abonico Smith reformulou o Bacana, que se transformou em um portal, inclusive com a criação de um selo virtual para lançamento de discos de artistas locais.

- O Digão Duarte, que já divulgava trabalhos de bandas locais no Bonde, agora também tem uma coluna semanal na Folha de Londrina.

-Tem ainda o Trevo Digital, plataforma para comercialização de música em MP3, com ênfase nos artistas locais.

- O festival Lulapaluna, da RPC, abriu espaço para grupos locais, mesmo que ainda timidamente, e a previsão é que isso se amplie nas próximas edições do evento.

- A FCC também lançou recentemente e já está em fase de seleção dos projetos para o edital de fomento de festivais independentes. Isso significa que no ano que vem teremos quatro festivais desse segmento com recursos para fazer eventos de boa estrutura e visibilidade. Além disso, a expectativa é que esse novo tipo de edital tenha periodicidade anual daqui pra frente.

- Novos núcleos de produção têm surgido e se consolidado. Vide as festas da Ruído Corporation, quase sempre cheias, e do pessoal do Basement. Novos bares tem aberto espaço para bandas locais, como o Slainte, e outros que eu não lembro agora.

- Tem ainda o projeto “Rock em Terça Maior", do teatro Guaíra, que abriu o Guairinha pra bandas locais.

- Idem em relação à TV Transamerica. Esses dias vi o Charme Chulo por lá.

- E tem o Projeto Tubo de Ensaio, que vocês viram recentemente aqui, criado pela Destilaria do Audio Visual coloca bandas em performances acústicas em lugares inesperados como em cima de uma laje. Videos superlegais, com ótima qualidade tanto de imagem quanto de som. Coisa de primeira linha.


Enfim, eu poderia ficar aqui o dia inteiro citando exemplos como esses (mas não dá porque tenho que trabalhar). E olha que são só exemplos de coisas que aconteceram ou surgiram este ano, não falei de coisas que já existem e continuam por aí há mais tempo, como o Ciclojam, do Ciro Ridal na TV Lúmen.

Nada disso significa que nós estamos no paraíso ou que amanhã as bandas curitibanas estarão tocando cheias da grana e tocando no faustão (até porque, no segundo caso, a maioria acho que nem quer mais isso). Mas sim que as pedras continuam rolando, e se nem tudo é uma maravilha, também não dá pra dizer, à luz dos fatos, que nada está acontecendo, ou que tudo é uma merda. Antes de falar é preciso ter perspectiva.

E o fato é que muita coisa boa tem acontecido, muitos novos espaços têm sido abertos, um público novo vem demonstrando cada vez mais interesse na produção local e essa produção continua se diversificando e se qualificando. Nunca houve tanta oportunidade para quem faz música faze com que ela seja ouvida. Só não vê quem não quer.

Se isso vai dar em alguma coisa maior lá pra frente não sei. E nem é a minha preocupação agora. Acho que o mais importante é aproveitar o momento e potencializar as coisas boas pra que elas cresçam e dêem novos e melhores frutos.

Me interessa quem faz, quem tem iniciativa e corre atrás, não fica perdendo tempo com choramingos inúteis. Quem faz por merecer, acredita e busca tornar os seus sonhos em realidade. Ou como diria o poeta: “só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”.

O resto, é conversa pra indie onanista dormir.

Punk rock em dose dupla com No Milk Today e Os Marlenes

Jornal do Estado

Banda das antigas e uma “novata”, com músicos já bem rodados, garantem o começo de noite da quinta-feira

No Milk Today e Diedrich e Os Marlenes são as bandas de hoje no palco do Teatro Universitário de Curitiba, o TUC, com ingressos a módicos R$3. Ambas trazem a influência do punk em suas entranhas, uma com pegada mais rock e outra, também com influências de mundos mais folks.

A No Milk Today tem mais tempo de estrada e estava lá nos porões dos primeiros anos da década de 90, quando a cidade fervia com uma verdadeira ebulição musical, recebendo representantes do cenário brasileiro de todo canto.

O grupo surgiu em dezembro de 1993 e tem em sua formação Maurício Singer (vocal e baixo), Rodrigo Meister (vocal e guitarra), Jahyr F. Neto (guitarra) e Mauricio Cabelo (bateria e percussão).
A levada dos três acordes dessa turma é mais calcada na vertente do Oi!, um punk, com linhas diretas de guitarra, baixo, bateria e vocais raivosos em dueto. Toy Dolls e The Misfits, Buzzcocks, Circle Jerks, The Damned, Varukers, Social Distortion, Sex Pistols, Inocentes, Sham 69, Die Toten Hosen e Ramones são influências citadas pelo grupo que tem dois CDs gravados: Devolvam meu Vinil! e Tormento.

Já a Diedrich e Os Marlenes nasceu há menos de um ano, mas só tem gente das antigas em sua formação. É formada por músicos das experientes Pelebrói Não Sei, Beijo AA Força e Gruvox. É composta por Oneide Diedrich (voz e violão), Ferreira (guitarra), Renato Quege (baixo) e Rodrigo Genaro (bateria), o conjunto tem no repertório tanto baladas quando potentes petardos bons pra dançar, que fazem a cama para as letras de Oneide. Pop com pitadas de folk, punk, ska, Raul, Sérgio Sampaio, Elvis, Paraguai e Porto Alegre estão presentes nessa mesma caldeira musical.

Serviço
No Milk Today e Diedrich e Os Marlenes. Dia 4 às 19h30. : TUC – Teatro Universitário de Curitiba (Galeria Júlio Moreira, s/n) Ingressos: R$ 3 e R$ 1,50 ( estudantes)

Aquecendo as turbinas para o Psychobilly Fest

Jornal do Estado

O 14° Psychobilly Fest é a partir de amanhã no Jokers, mas a festa começa hoje. Vai ser no Conserva Bar com a banda Rádio Cadaver e Chucrobillyman

O 14° Psychobilly Fest é a partir de amanhã no Jokers, mas a festa começa hoje. Vai ser no Conserva Bar com a banda Rádio Cadaver e Chucrobillyman. O Psychobilly é um dos mais tradicionais eventos do estilo no Brasil. E não é exagero dizer que é o mais importante, afinal o evento curitibano da Psychobilly Corporation está este tempo todo sem parar, trazendo pra a cidade também atrações internacionais e atraindo gente de outros lugares do Brasil que fazem parte desta tribo urbana. Esta 14ª edição vai ser com pratas da casa cuja potência dos shows é bem conhecidas entre os fãs do estilo. Entre as bandas estão Ovos Presley, Hillbilly Rawhide, Sick Sick Sinners, Krappulas. Tem ainda ainda a revelação As Diabatz, Chernobilies e CWBillies.

Uma das atrações mais esperadas é a Frantic Flinstones, banda que é ícone do psychobilly mundial, cujo fundador agora está vivendo em Curitiba e estréia a nova formação no festival. A Sick Sick Sinners, banda do produtor do festival Vlad Urban, também tem novidades. Acaba de voltar de turnê na Califórnia e México e está trabalhando no seu primeiro album Road of Sin, qeu vai sair pela Monstro discosaa, depois do lançamento na Europa pelo selo alemão Crazy Love Records. Entre os próximos shows já marcados está a passagem pelo festival Jambolada em Uberlandia e no Floripa Noise. Em dezembro outra viagem, para o Chile.

Serviço

Ingressos para o Psychobbilly. Por dia: 05/09: R$20; 06: R$30 e 07 R$15. Pacote: 3 dias: R$50

9/03/2008

Uma (boa) idéia na cabeça e uma câmera na mão

Jornal do Estado

Projeto Tubo de Ensaio, criado pela Destilaria do Audio Visual coloca bandas em performances acústicas em lugares inesperados como em cima de uma laje


A partir da esquerda: Arnaldo, Rodrigo, Eduardo e Lucas,
os criadores da produtora e do Tubo de Ensaio

Adriane Perin

A partir da esquerda: Arnaldo, Rodrigo, Eduardo e Lucas, os criadores da produtora e do Tubo de EnsaioA máxima glauberiana, quando trabalhada por boas cabeças, traz resultados instigantes. E a idéia pode partir de um princípio muito simples, cotidiano mesmo, como é o caso do projeto Tubo de Ensaio, criado pelo quarteto de publicitários – com formação em cinema -, Rodrigo Sakum oto, Lucas Negrão, Arnaldo Belotto e Eduardo Ribeiro, todos na faixa entre 23 e 25 anos. Neste caso a idéia foi colocar bandas para tocar, acusticamente, em lugares inesperados.

Tubo de Ensaio é um desdobramento da produtora Destilaria do Audiovisual, criada por eles há uma no e meio. Para colocar o site ano ar, o quarteto queria fazer algo para atrair acessos e, como todos acompanham, gostam e são amigos de músicos de bandas independentes da cidade e da vizinhança, optaram por atuar nessa área.

A Destilaria, conta Rodrigo, é uma produtora audiovisual que atualmente trabalha basicamente com filmes publicitários no mercado curitibano e catarinense, mas que nunca vai desistir de produzir também cinema. Enquanto eles vão pegando cancha, se exercitam no ofício que escolheram. “Foi uma chance de fomentar tanto o site quanto esta área fonográfica local e suas bandas, um circuito que todos aqui gostam muito”, comenta Rodrigo. Na área musical, a Destilaria já assinou alguns videoclipes para as bandas Charme Chulo, Sick Sick Sinners e Faichecleres. E está terminando um para a catarinense Lenzy Brothers.

Aliás, a catarinene é uma que também está no Tubo de Ensaio, em um vídeo com uma bela vista do Morro do Careca em Balneário Camboriú, em um clima muito astral. O legal d a proposta ser acústica, é que este formato permite sacar mais o potencial melódico do grupo. Outro dos vídeos que chama a atenção é de uma banda chamada Pão de Hamburguer - e pode tirar o risinho de incredulidade diante do nome da cara, porque é um grupo muito bom, daqui de Curitiba. Eles escolherem como “palco” uma laje. Outro momento muito legal é da banda Anacrônica, em uma performance na cinemateca.

“Trabalhamos dentro de um conceito de laboratório da imagem, tendo em mente um constante processo de destilação, digamos assim. Com essa parte das bandas não visamos nenhum fim lucrativo só divulgar o nosso trabalho e o de bandas que a gente gosta”, explica o produtor aspirante a cineasta, que conheceu os três sócios há seis anos na Academia Internacional de Cinema.

A inspiração, conta ele, veio de um clipe dos Novos Baianos, feito na quintal da troupe paz e amor. Plano sequência (ou seja, sem cortes, a câmera acompanhando o que acontece de um fôlego só), com uma excelente captação de áudio, detalhe técnico que pode não parecer, mas que faz toda a diferença. Um mínimo de equipamento pra gravar: câmera, dois microfones, um lap top e todo os quatro por perto para resolver rápido qualquer situação.

O mais dificil foi — do Charme Chulo gravado em uma manhã de sábado na Rua das Flores, dia e hora, em que o calçadão é cheio e portanto barulhento. “Encheu de gente ao redor. Foi uma loucura porque a gente sempre procura lugares mais silenciosos”. Dos que estão no ar é o único cujo som tem problemas, mas o clima compensa. “A gente pede que a banda escolha um lugar inusitado que sirva bem para se tocar acústico. Mas, o dia da Charme foi muito legal também”. O próximo a entrar no Tubo é a atração do Psychobilly Fest, que acontece neste feriado, o Frantic Flinstones, cujo vocalista mudou-se para Curitiba. “Foi em uma espécie de piscina meio abandonada”, adianta Rodrigo.

Serviço

http://www.vimeo.com/tubodeensaio