3/31/2008

No particular

Pois é. O show no Korova não houve. Então voltamos pra casa, e fizemos o show assim mesmo, pra consumo próprio. E foi legal justamente ou até por isso. Pensando bem, talvez tenha sido melhor assim, pois provavelmente não funcionar certo a gente tocar e cantar essas canções pra um bando de adolescente que foi lá pra ouvir cover. Só lamento pelos amigos que foram lá e por ter arrastado o Gian pra essa roubada, mas paciência.
Aos poucos vou colocando aqui os vídeos do nosso show particular.
a primeira é Deserto, música minha interpretada pelo Gian:

a segunda, "1965" do Gian, em medley com "You´re my sunshine":

3/29/2008

Hoje



então. hoje eu e o Gian estaremos lá no Korova apresentando algumas músicas novas, velhas, inéditas e versões. apareçam.
e andré, que história é essa de "vou tentar passar lá"? vai afinar, cuzão?

3/28/2008

amigos



Acordei com vontade de ver os bons amigos e bater um papo. Quem sabe alguns deles aparecem sábado neste show pra lá de especial no Korova, do Ivan e o Gian Rufatto. Eu já ouvio que eles vão tocar... Talvez seja por causa das coisas que ouço e leio que fico com essas vontades repentinas. Aliás, outro dia, vejam como são as coisas, peguei Milionário e Zé Rico no Faustão (decadência, eu sei... mas era Milionário e zé ricom dá um desconto) e me toquei: “é por causa de caras como estes que gosto de músicas “tristes””. É verdade, a música caipira, a música brega brasileira, os bolerões que minhas tias ouviam, todo o romantismo do Rei em sua melhor forma que ouvi na barriga da minha mãe, as histórias tristes das duplas caipiras e sertanejas que acordavam os dias da minha vozinha, a música gauchesca ORIGINAL feita por “gaudérios” que ouvia ao vivo, dançando sobre os pés do meu tio, e executadas com o primeiro violeiro que conheci, Aldo Pereira... eles vieram antes de tindersticks, cowboy junkies, OAEOZ, DeoD, Blanched, gian, iris, igor, rubens. e, desavisadamente, abriram caminho, tenho certeza hoje em dia, pra tudo que viria depois,essa sonoridade...

Pesquisando pra escrever sobre a peça do Mário, O Natimorto (foto), que tá neste fim de semana no Festival de Curitiba, esbarrei num, texto antigo do rubens, sobre uma aranha que tecia calmamente sua teia e que ele finalmente notou porque conseguiu não pensar em nada. Coisa dificil...é nessas horas, quando esse tipo de coisa se derruba sobre mim que sinto essas vontades de ver amigos, ouvir música,o livro que me espera em cima do colchão. essa nostalgia crônica enquanto ando pela cidade, ocupando o tempo entre um e outro ponto da agenda do dia....
também falei com mariele (tão bom de ver alegre, feliz, guria!) e lu (msn) essa semana, minhas melhores amigas que às vezes parecem tão distantes... falar com elas também me faz pensar em tudo enquanto acho que não penso em nada.. o silêncio (ou a música nos fones) me ilude, é quando estou com ele(a) que mais penso, ao invés de não pensar em nada, como gostaria (e como conseguiu, enfim, o rubens, naquela tarde). Veja só, tudo por causa de uma pesquisa para um texto de jornal e uma aranha É, eu devia estar trabalhando. Queria falar com o mário ou com a Fernanda (aparece lá no show do Korova depois da peça Fernanda) e acabei parando no tal texto.

Aqui não tem aranhas, pelo menos não as vejo. Tenho verdadeiro pânico delas. Mas aprecio a forma como fazem seu trabalho – que eu invariavelmente destruo!La em casa tem um monte e elas parecem querer tomar conta da nossa casa. Por isso, Lu e Tigra Maria, volta e meia, as pego com seus enormes olhos redondos pro ar em cantos da casa...caçada felina por pequenos bichos que não vemos... olhar atento ao redor e, ás vezes, um salto rápido... essa gatas... essas aranhas.. coisas que não notamos sempre.

Ps. ivan, coloca de novo o flyer do show de amanhã em destaque, depois disso.

3/27/2008

Avalanched and freak movies



E o pessoal do Blanched (RS) liberou para download o mais recente EP deles, Avalanched.



E descobri um blog especializado em filmes sobre música, rock e afins. Muita coisa legal, altas raridades, de Drugstore Cowboy a Detroit Rock City, Im not here, e incluindo o documentário sobre Robert Crumb.

Vale a pena conferir ambos.

3/26/2008

Fim de férias



então. Pra fechar com chave de ouro minhas férias, faremos eu e o Gian (que vem do interior especialmente pra isso) no sábado no Korova, um show apresentando músicas novas, inéditas, algumas versões, enfim. Uma saudável brincadeira entre amigos, como a música deveria ser quase sempre. Uma oportunidade pra gente se encontrar e se divertir. Apareeeçaaaammmm!

3/19/2008

Música, música, música...


O Gian me avisou e eu fui conferir e confirmei. "Sunday at Devil Dirt", segundo disco da inusitada dupla Isobel Campbell e Mark Lanegan é muito bom. Muito melhor do que o primeiro, "Ballad of broken seas". O ponto alto é sem dúvida a faixa "Come on over (turn me on)", que lembra algo como um dueto entre Tom Waits e Beth Gibbons acompanhado do instrumental do Tindersticks. É sério, muito foda. Aliás o disco todo tem esse clima meio Tom Waits/Tindersticks, o que por si só dá uma idéia da densidade da coisa. Definitivamente a garotinha "tralalá" (como disse o Gian) do Belle and Sebastian cresceu e apareceu. Pra ouvir acompanhado ou curtindo uma fossa.
E pra não perder o costume, mais um discão do Cowboy Junkies que eu não conhecia, Early_21st_Century_Blues
> Porque música boa nunca é demais.
E aí abaixo o resultado de uma sapeada pelo youtuba.

aqui um video arrepiante da já arrepiante versão do soulsavers & Mark Lanegan para a belíssima Kindom of rain

Soulsavers e Mark Lanegan em "Spiritual". É vídeo tosco de fã mas vale pelo ineditismo e beleza da música.

aqui o Lanegan solo, em uma música antiga, do disco de versões de blues.

e outra antiga dele, do mesmo show.

aqui os La Carnes interpretando "Blues de seus absurdos", do novo disco.
Cascadura - Ele, o Super-Herói!

Video novo do Cascadura, que eu soube pelo Mário. Concordo com ele quando diz que esse negócio de uniforme é meio estranho. Não gostava nem quando tava no colégio, quanto mais em banda de rock, mas enfim, cada um cada um.

e aqui o belo video do Charme Chulo, filmado na rodoferroviária de Curitiba.


Por hoje é só, baby.

3/15/2008

"Trago a minha estrada no rosto"

Tudo começou com margo timmins e os vaqueiros junkies embalando meus sonhos em um ônibus da cometa pela régis bitencourt. E terminou com um violeiro anônimo tocando modinhas gospel em um trem da CPTM. Ou de volta ao ônibus da cometa, hipnotizado pelos petardos do novo disco do La Carne.

Foi uma viagem musical, literalmente, que passou ainda pelo ensaio dos la carnes, lá no estúdio do chicão, em osasco. Pelos “ossos que tanto doem no inverno’, no teatro maria dellacosta, com o Mário e o Nelsinho Peres (grande ator e figura) ao som de Chet Baker. Pela simpática e acolhedora looservelt, no espaço parlapatões, a conversa jogada fora com o Mário, e a oportunidade de conhecer figuras já lendárias como Deus, Cecato, Paulo de Tarso Picanha. O hotelzinho barato ao lado da augusta, com sua decoração “colonial” escandalosamente kitsch. O café com leite e croissant na roosevelt na manhã paulistana preguiçosa. O almoço com o Mac ali na região da Faria Lima, depois de uma passagem frustrante pelas livrarias cultura, no conjunto nacional. A perambulação pela teodoro sampaio em busca de um novo baixo pra adri. e é claro, “babar” em todos aqueles instrumentos.

Mas foi sobretudo uma viagem de longas e intensas conversas com o grande mestre Linari e Julieta, brincar com a mixirica e o jubileu, ralhar com a Cacilda Catifunda e sua energia inesgotável.
E ouvir música, e falar de livros, e filmes, e ouvir música de novo, e falar besteira, contar histórias, lamentar lamúrias, lamber as feridas, comemorar sobrevivências, o companheirismo e a amizade que nos fortalece e nos alimenta. Nos dá o empurrão pra continuar mais um pouco. Afinal, ESTAMOS A UMPASSO DA REVOLUÇÃO! Ahahaha
E caralho. Como ta bom esse disco do La Carne. Os caras aprontaram de novo. Como é bom ouvir música feita por gente de verdade, de carne e osso, que não ta nem aí pro que “ta rolando no momento” e consegue sintetizar, em sons e palavras, os sentimentos e as perplexidades que a gente carrega por esses nossos dias. To apaixonado por “Blues de seus absurdos”, um absurdo de música, com seus riffs explosivos que vão e voltam e a interpretação furiosa de Linari que te assalta de um jeito que só ouvindo mesmo pra entender. E pricipalmente, “Agora decida”, pra mim desde já um clássico lacarneano de todos os tempos, o tipo de música que eu gostaria de ter escrito, simples, densa, que flui como uma onda de uma beleza terna e triste. "Amor, tenho quarenta anos, e acho que não aprendi nada", canta Linari a certa altura. Talvez uma das mais tristes e tocantes músicas que o La carne já fez. Mas por isso mesmo, é impossível ficar imune a ela. Triste sim, porque fala de coisas que estão muito presentes na vida de muita gente e na minha própria vida, de frustrações e de sentimentos que estão por aí, rodeando as nossas noites também. Do medo e da sensação de que a partir de um certo momento a vida pode ser só descida, e não há nada que possa te segurar. Mas felizmente alguma coisa faz a gente levantar, sempre. Pelo menos até que a sineta toque e a contagem não chegue a dez. "Tolices, pode ser, mas é assim que eu sei lutar", fala Linari em "Contracorrente".

Aqui eu faço um parênteses, pra emprestar e reproduzir um trecho de um texto do Alessandro Robocop Bartel, sobre a peça que a gente viu em sampa, que o Mário colocou no blog dele. Não tem nada a ver e tem tudo a ver.

"Quatro anos no inverno é muito tempo e embora a solidão não escolha idade fica mais doída aos ossos com o passar dos anos, com a vida se encaminhando para os quarenta e cinco do segundo tempo e você já não sabe se torce para uma prorrogação ou quer que tudo termine ali mesmo no apito final do tempo normal.


Enfim, to citando essas músicas, mas poderiam ser outras, como "Londres está uma merda" ("posso garantir, eu li no jornal, rock no Brasil não presta"), "Granada" ("vejo um anjo e um demônio vindo em minha direção, acendo o meu cigarro e digo, oi, qual de vocês vai me levar?") ou "Olhos escuros" ("só pra te dizer que nada disso importa, nada me interessa mais do que você") porque é daqueles discos que quanto mais você ouve, mais gosta, e cada dia tem uma preferida diferente. Valeu Linari, Carlinho, Jorge e agora o Chicão. Vê se não demoram tanto pra lançar o próximo porque a gente precisa disso, sempre.
Ah, e claro, teve também o show daquela bandinha, como é que é mesmo? Interpol. Foda, muito foda. Fim perfeito para uma viagem perfeita. Um show de classe, de nuances, uma apresentação cadenciada que alterna momentos mais agitados com passagens climáticas, tensas, com a voz do banks pairando sobre as melodias que a banda cria. Me impressionou o fato de parte do público cantar desde a primeira musica do show, que por sua vez é a primeira do último disco, aquele que a crítica malhou como fraco. Nota ruim só pro som abafado do via funchal, mas nada que comprometesse a noite.
Na volta, a certeza de que viagens como essa precisam ser repetidas com mais freqüência, porque revigoram. E a vontade de retomar o ano com gás renovado, pra poder reencontrar nossos amigos la carneanos, de preferência, juntos em um palco.

3/02/2008

Não ouvi e já gostei



descobri agora pouco que outra das preferidas da casa de todos os tempos, o Cowboy Junkies, tá com disco novo "At the End of Paths Taken". Não ouvi ainda mas nem precisa pra dizer que gostei. É ruim desses caras fazerem algo ruim. Aliás, um disco ruim deles deve ser melhor que o melhor disco da melhor banda da última semana, com certeza. Não tem erro.
Simplesmente porque quem tem a voz de Margo Timmins, e as canções que eles têm, não precisa mais nada. Aliás, to vendo aqui que o disco é de 2007. E ninguém me avisa, PORRA!
Ah, e eles também lançaram o "Trinity Revisited", uma regravação do clássico "Trinity Sessions", de 1987, aquele gravado em uma igreja, com microfone ambiente. esse eu tenho o vinil original, não dou, não vendo e não empresto.

E aí Margo ? vai rolar show na pobra América do Sul, ou tá difícil? Ah, esqueci, vocês não são a nova bandinha da última semana que vai ser esquecida na próxima, então não rola, nê?

ehehe

bom início de férias, disco novo do cowboy junkies, jam com o rubão, fabiano, carlão foi ducaralho no sábado. iron maiden na pedreira terça. e o disco do oaeoz quase pronto. magavilha.