11/14/2006

Rubens,

meu, eu, outra vez meio atrasada. meu ritmo anda mais lento e tô gostando disso, quando não consigo desacelerar me cobro, e assim vou caminhando. quando esses escritos bonitos chegam perto, eu fico até meio assim, me mexendo na nostalgia e pensando que algumas lembranças valem mesmo muito, esses barulhos que são a gente, essas conversas sem sentido (?) que mostram um pouco mais do que somos, mesmo que a gente não saiba nada muito direito.
eu penso muito nos meus amigos, meus amores, minhas saudades, esses buracos que esses cachorros magros fazem nos corações da gente enquanto a gente larga, descuidados, nossos sentimentos pelos botecos desse "nosso"mundão...aliás, na esquina de casa tem o seu Kavo... também tem uma praça onde onde quero fazer uma roda de capoeira. tem vizinhos simpáticos e nos domingos a tarde alguns jovens encostam seus carros em frente a uma loja e, pelo jeito, gostam de funk carioca. as pessoas conversam com você no ponto de ônibus (agora não sou eu sempre a puxar conversa....) e parecem tão solícitas, cuidadosas.... gosto do meu novo bairro... o Abranches... joguei fora muitos papéis, mas muitos foram comigo. remexi pensamentos, encerrei fases e abri a janela pra nova estação da lua ("tenho fases como a lua"... né Cecília!)
eu também penso muito em alguns planos, em ter algo na vida. mas, sinceramente, acho que já tenho muitas coisas na vida, as mais importantes, inclusive, mesmo que as vezes até elas escapem sob essas nuvens cinzas que também fazem meus olhos arder e eles ardem quando leio um recado de amizade que tambem sabe ser de amor.
eu penso em canções, nas belas canções largadas no meio do caminho que passam despercebidas para muitos, mas não por mim. elas sempre dão um jeito de me acertar, as feitas pra mim, e me deixam assim, como as tuas palavras inspiradas nos nossos dias... querendo escrever, querendo cantar, querendo tocar baixo... querendo e sendo...desse jeito mesmo, do meu jeito desajeitado, demodê tantas vezes, acelerado que quer parar um pouco. elas, canções e palavras largadas, me servem de combustível pra encarar tanto papel na minha frente e as caixas de papelão parecem não querer me largar nunca mais, e as árvores então... nem vou falar muito delas.... hoje elas embalam mais ainda os meus dias, cantando entre os vãos da janela fazendo um lindo backing para a roquidão dos ventos
ah... os ventos, claro que o meu canto tinha que ser com vento e a chuva cantando pra mim... um dueto incomparável, são eles que quebram meu sossego... não lembro de tantas conspirações pra dar tudo certo em minha vida, como as de agora... claro que não tá tudo perfeito, mas, na real, tá sim....


e hoje começa a temporada Cemitério de Automóveis em Curitiba, no Wonka, com Marcelo Montenegro (Rubens e Carlão). Vamos ver duas peças de Mário Bortolotto que há tempos ensaiamos, né ivan, ir pra sampa ver, Kerouack e Homens, Santos e Desertores, a partir de quinta. Imperdível, no mini auditório do guaíra, um teatro bem simpático. Nos vemos lá.

abços com cheirinho de amizade. (ps. inspirados na Geisa).
adri

Um comentário:

Anônimo disse...

um brinde! sejam felizes na nova morada do rock! bjo, Adri. grande abraço, Ivan.